Showing 2 results

Archival description
Mécia de Vasconcelos entail archive
Print preview View:

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2-9) aprovado em 1669-03-25, nas «casas de morada e quinta arriba de Santa Catarina»; aberto em 1669-05-07.
MOTIVO DA FUNDAÇÃO: quer salvar a sua alma (f. 3); encontrava-se doente em uma cama.
ENCARGOS PERPÉTUOS: uma missa rezada todos os domingos e nas nove festas de Nossa Senhora por alma da instituidora ("me mandar dizer"), celebradas na sua capela de Nossa Senhora das Angústias (São Pedro, Funchal).
REDUÇÃO DE ENCARGOS: a informação na f. 22 v.º refere que, por sentença de redução de 1814-03-20, esta capela ficou anexa à capelania da Penha de França, com a obrigação de 40 missas anuais por este e outros administradores. Em 1819-01-28 o adminstrador João Carvalhal Esmeraldo Vasconcelos Bettencourt obtém indulto apostólico de componenda das pensões caídas de todas as suas capelas (f. 24-29 v.º tradução).
SUCESSÃO: nomeia o sobrinho Jorge de Andrade de Vasconcelos e seus filhos e herdeiros, não os tendo a suas irmãs e herdeiros.
BENS VINCULADOS: terça imposta na Quinta das Angústias e serrado de Pedro Sardinha e no mais bem parado de seus bens, em «perpetuo de vínculo de morgado». A estas propriedades juntar-se-ia o restante dos seus bens herdados pelos outros sobrinhos, irmãos do herdeiro Jorge de Andrade de Vasconcelos, após as respetivas mortes.
SUB-ROGAÇÃO DE BENS: no século XIX procedeu-se à sub-rogação destas propriedades, tornando-as livres e alodiais, como se segue: i) Anexo (f. 1-17) - sentença de 1815-02-22 determina a sub-rogação da casa, mirante, capela e mais benfeitorias da Quinta das Angústias pelo correspondente valor na Quinta do Palheiro Ferreiro. Nesta altura, a «casa grande», a de «recreio» e a capela das Angústias foram avaliados em 14.164$100 réis; ii) fl. 35 - verba declaratória de 1840-09-25 refere a sub-rogação dos térreos sitos na Quinta das Angústias pelo correspondente valor na quinta sita na Achada, Campanário; iii) f.35 v.º/36 v.º - verba declaratória de 1848.06.06 refere a sub-rogação de duas porções de terra no sítio das Angústias pelo correspondente valor na Quinta do Palheiro Ferreiro (uma porção de terra confronta pelo sul com o beco do Asilo e outra confronta também pelo sul com o caminho velho e casas pertencentes a Santa Catarina); iv) f. 37/38 - verba declaratória de 1849-10-01 refere idêntica sub-rogação; v) f. 38 v.º/40 - verba de sub-rogação de 1855-07-23, refere a sub-rogação, determinada por sentença de 1832, de uma porção de terra acima do caminho das Angústias, ficando vinculadas duas casas na rua dos Mercadores, Sé, e parte de um armazém no extremo leste do quintal do Palácio do Conde de Carvalhal, na rua do Peru, Sé; vi) f. 40/41 v.º - verba de sub-rogação de 1859-05-10, refere a sub-rogação de uma porção de terra e rocha abaixo da capela de Santa Catarina pela parte correspondente num armazém sito na rua do Peru, Sé.
PRIMEIRO E ÚLTIMO ADMINISTRADORES: sobrinho Jorge de Andrade de Vasconcelos; D. Luísa Augusta de Aragão (Casa Carvalhal).
OUTRAS INFORMAÇÕES DO TESTAMENTO (f. 2 a 9):
TESTAMENTEIROS: o irmão cónego António de Vasconcelos e o dito sobrinho.
HERDEIROS DOS RESTANTES BENS: os irmãos - dito cónego, D. Bernarda e D. Leonor. Após o falecimento de todos, os bens deveriam ser incorporados na terça.
FILHOS: sem filhos.
JÓIAS: um anel de ouro de dois cruzados legado à criada Bárbara Martins.
ENTERRAMENTO: no convento de São Francisco, em cova da tia D. Maria.
TESTEMUNHAS: João Ferreira de Vasconcelos, cura na Santa Sé, que fez o testamento e assinou a rogo da testadora; Pascoal Monteiro; Estêvão Gomes, malheiro; Lourenço de Sousa de Afonseca; António da Silveira; Manuel Gomes; padre Luís Preto; Manuel Valente, todos moradores na cidade do Funchal.
LITERACIA: não assina o testamento por se encontrar fraca e não poder escrever.

Vasconcelos, Mécia de (d.1669)