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Luís Mendes de Vasconcelos, Beatriz Gramacha de Perada entail archive
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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum (f. 2-9) aprovado em 1597-04-08, nas casas de morada dos testadores, cidade do Funchal, pelo tabelião público de notas por el-rei nesta cidade e seu termo, Salvador de Araújo; aberto em 1598-04-28, por falecimento da mulher. Traslado de 1796.
MOTIVAÇÃO DA FUNDAÇÃO: a mulher encontrava-se doente, numa cama; intercedem a Nosso Senhor "se queira alembrar de nossas almas quando deste mundo as levar" (f. 2 v.º).
ENCARGOS: dez missas anuais celebradas no convento de São Francisco, oito em honra das Chagas e duas a Nossa Senhora do Rosário.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: A informação do procurador do Resíduo (f. 22) esclarece que, pela redução de 1814-03-20, esta capela ficaria adstrita à capelania de Nossa Senhora da Vitória, devendo celebrar vinte missas pela alma deste instituidor e outros. Em 1819-01-28 (f. 26-29 v.º) o administrador João Carvalhal Esmeraldo Vasconcelos Bettencourt obtém indulto apostólico de componenda das pensões caídas das capelas que administra.
SUCESSÃO: designam o cônjuge sobrevivo, por falecimento de ambos nomeiam a filha Maria de Vasconcelos. Suceder-lhe-ia a filha que quisesse nomear, não a tendo passaria a um filho também à sua escolha; não tendo filho passaria ao outro filho dos instituidores, Luís, nas mesmas condições; não tendo filhos ficaria ao irmão Martinho e, sendo este clérigo, poderia nomear quem quisesse, mas os atrás designados só poderiam nomear pessoas legítimas.
BENS VINCULADOS: tomam suas terças nas seguintes propriedades: fazenda em Santa Luzia; um assentamento no Estreito (que confrontava pelo noroeste com o caminho que ia para a fazenda de Nicolau Mendes, nordeste com fazenda de João de Bettencourt Leitão e norte com assentamento dos herdeiros de António Fernandes de Faria); uma fazenda que houveram de Manuel Ribeiro.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Conde de Carvalhal.
OUTRAS INFORMAÇÕES DO TESTAMENTO (f. 2 a 9):
CÔNJUGES: o instituidor foi casado em primeiras núpcias com D. Clara Mialheiro.
FILHOS: João Mendes de Vasconcelos (do primeiro casamento); Manuel de Vasconcelos; Luís; Martinho; Rui Mendes (casado em maio de 1596, f. 6); uma filha freira.
ENTERRAMENTO: falecendo no Estreito, seriam enterrados na capela de Nossa Senhora da Graça, em sepultura da mulher Clara Mialheiro, com pedra com as iniciais “L=I”. Caso faleçam no Funchal, determinam o enterramento no convento de São Francisco, defronte do cruzeiro e ao longo do altar de Santo António, na sepultura com o nome do instituidor.
ALFAIAS RELIGIOSAS: 9000 réis à Confraria de Nossa Senhora da Graça para umas "almaticas" brancas ou frontal branco, ou o que os mordomos quiserem.
OUTRAS PROPRIEDADES: terra no Vale Formoso aforada a Gaspar Gonçalves; terras de vinha no Estreito “a par de Nossa Senhora”; o instituidor nomeia no filho Luís a fazenda da Ribeira Brava da Serra d´Água, que lhe nomeara a sogra Brízida Gonçalves.
ESCRAVOS: negro António dado ao filho João Mendes de Vasconcelos, por partilhas de sua mãe.
TESTEMUNHAS (da aprovação): Manuel Favela, filho de Fernão Favela de Vasconcelos, o qual assina a rogo da testadora; Diogo Gonçalves, pedreiro; Francisco de Faria; padre João Gonçalves "cogitor" na igreja de Nossa Senhopra do Calhau; Bartolomeu Gonçalves, trabalhador; Domingos Fernandes, filho de Gonçalo Pires, lavrador; Melchior Lopes, purgador, todos moradores na cidade do Funchal.
LITERACIA: o marido assina, a mulher não.
OUTROS DOCUMENTOS:
F. 26 a 29 v.º - Traslado do indulto apostólico de componenda de pensões caídas, datado de 1819-01-28, e obtido pelo administrador João de Carvalhal Esmeraldo.

Vasconcelos, Luís Mendes (flor.1597)