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Álvaro de Ornelas Saavedras, Branca Fernandes de Abreu entail archive
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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum feito em 1517-01-18, aprovado em 1518-02-17, sobre o Porto Novo, na sua quinta e casas de morada (fl. 42 v.9 a 47 v.9). Testamento do instituidor Álvaro de Ornelas feito em 03-04-1524 e aprovado em 1524-04-08 (fl. 2 a 18); Codicilos aprovados em 1525-11-22 e 1526-01-04 (fl. 18 v.° a 21)
ENCARGOS (ANUAIS): 12.000 réis para missas, cera e ornato da sua capela de Santo António da Sé do Funchal. A sentença de redução, emitida em 1819-09-17, reduz as capelas administradas por D. Maria de Ornelas à pensão anual de 70.000 réis à Misericórdia do Funchal.
BENS VINCULADOS: uma declaração do capitão Miguel da Câmara Leme, datada de 1731-08-03 (fl. 120) refere que o rendimento desta capela provém de vários foros, a saber: um foro pago por Manuel Escórcio Lomelino de uma casa na rua de João Gago; um foro pago por José Gonçalves, marceneiro, imposto numa casa ao Jogo da Bola; 2.000 réis de um foro imposto numa casa de D. Maria de Ornelas no Cabo do Calhau; um foro de imposto nas casas onde mora Felicio Francisco à rua da Alfândega; 1500 réis de foro imposto na fazenda que fora de Agostinho de Ornelas no Pico do Cardo; um foro de 10 alqueires de trigo imposto na fazenda do Vale Formoso, que possui o padre Bettencourt de Freitas. Em 1851 (fl. 23), verba de sub-rogação do capital do foro de parte da quinta do Palheiro Ferreiro, pertença da Quinta do Garajau, pelo capital das terras do Jangão, Ponta do Sol.
SUCESSÃO: seria primeiro administrador o filho António de Ornelas "o moço" (o primogénito do 1.º casamento, Mem de Ornelas, e o primogénito do segundo casamento, João de Ornelas foram afastados da administração do morgadio por terem desobedecido ao pai; entre outras razões, Mem de Ornelas tomou à força um serrado abaixo do Caniço).
ADMINISTRADOR EM 1586 (fI. 24): António Garcia, fidalgo, em nome de sua cunhada D. Jerónima de Ornelas de Abreu, filha de Jerónimo de Ornelas e de Catarina de Barros, e neta dos instituidores.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Agostinho de Ornelas e Vasconcelos.
OUTRAS INFORMAÇÕES DO TESTAMENTO DE ÁLVARO DE ORNELAS SAAVEDRAS (fl. 2 a 18)
ENTERRAMENTO: capela de Santo António da Sé do Funchal, onde enterrara sua mulher Branca Fernandes.
CÔNJUGE: Primeira mulher de Álvaro de Ornelas, Constança de Mendonça. Filho primogénito destes: Mem de Ornelas c.c. Helena de Góis.
FILHOS do segundo casamento do testador: João de Ornelas de Vasconcelos (primogénito), António de Ornelas "o moço", Jerónimo de Ornelas, Pedro de Ornelas, Francisca de Abreu. Estes não têm idade para reger seus bens.
TESTAMENTEIRO: Lançarote de Agrela, primo do instituidor (por ocasião da feitura do codicilo o nomeado testamenteiro já era falecido). Recomenda ao grande amigo Bartolomeu Valadares que acompanhe as partilhas quando tiverem lugar.
PROPRIEDADES: bens na capitania de Machico: no Porto Novo umas terras que foram de Lourenço Enes de Água de Pena; outro serrado junto do engenho que parte com Martim Álvares, que ficou por morte de sua mulher Constança de Mendonça.
CONTAS E DÍVIDAS: o instituidor declara nada dever aos herdeiros de Lourenço Enes de Água de Pena; manda dar a António, filho de Cristóvão Rodrigues, 5.000 réis por um serviço prestado; refere que sua mulher Branca Fernandes de Abreu emprestou 100 cruzados de ouro à senhora capitoa D. Isabel.
ESCRAVOS: doa 10.000 réis à escrava Guiomar Alvares, que está em sua casa, e ai permanecerá quanto tempo quiser; liberta o mulato Manuel Pinto, filho da referida Guiomar Alvares, na condição de servir o filho António de Ornelas durante quatro anos (fl. 8); refere uma escrava mourisca Isabel; liberta o mulato pequeno Francisco Chiquo(?), filho da escrava Beatriz, na condição de servir o filho Pedro de Ornelas durante dois anos.
DOAÇÕES: a Fernão Brás, criado antigo e com bons serviços prestados, para além do canavial, doa-lhe ainda: 20.000 réis em dinheiro, uma junta de bois, um moio de trigo da terra para semear, uma égua e um poldro; aos herdeiros de Álvaro Esteves manda dar 50 arrobas de açúcar branco.
VESTES, JÓIAS, ARMADURAS: refere gastos de armaduras, moços e cavalos, com o filho João de Ornelas nas partes de África; joias e vestidos doados à filha Francisca de Abreu.

Saavedras, Álvaro de Ornelas (flor.1517)