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Diogo Bettencourt Perestrelo entail archive
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Capela instituída em 1680-02-16 por Diogo de Bettencourt Perestrelo, 7º capitão donatário da ilha do Porto Santo e cavaleiro professo da Ordem de Cristo.
Encargo: dez missas anuais, impostas nos seguintes bens adjudicados à terça, cujas confrontações constam de parte do inventário trasladado no processo, a saber: um serrado na Praia Formosa com quinze horas de água avaliado em 300.000 réis; o serrado das Palmeiras sito nos Piornais, no valor de 395.000 réis; uma fazenda no Estreito da Calheta, denominada Engenho, avaliada em 80.000 réis; outra fazenda na mesma freguesia avaliada em 300.000 réis; o terço da fazenda de D. Catarina, que possuí dois dias e duas noites de água da Ribeira Funda, no valor de 375.000 réis; um quinhão de terra também no Estreito da Calheta, no Lombo de Isabel Sardinha, avaliado e 90.000 réis e ainda um foro de um moio de trigo do Porto Santo pago pelo capitão Luís Mendes Calaça no valor de 120.000 réis. A soma destes bens totaliza 1.660.000 réis cabendo à terça 1.659.161 réis.
Diogo de Bettencourt Perestrelo instituiu esta terça em regime de morgado e deixou-a a sua mulher D. Luísa Agostinha de Noronha e depois a seus filhos D. Bernardina e Paulo Freire de Noronha com a condição de não ser vendida, partida ou alienada.
Uma declaração do administrador Pedro Paulino de Vasconcelos, datada de 1779-10-22, menciona que nesta época estava a correr um litígio sobre esta terça.
O testamento refere: que o instituidor é proprietário do morgadio dos Reis Magos e possui bens livres no Estreito da Calheta, Praia Formosa, Piornais, Porto Santo, casas no Funchal e foros no Porto Moniz; que tem contas com Pedro Gonçalves Brandão e Manuel Martins Brandão; com José Barbosa, do tempo em que ele fora estanqueiro.
Refere também contas com os ingleses Samuel, Henrique Criton e João Cater; com Manuel Dias de Andrade, devedor de 37 pipas de vinho vendidas a 12.500 réis cada; com António Monteiro, almoxarife, devedor de vinte e tantos mil réis de uma bancada de cal para sua Alteza; contas com José Gonçalves, seu feitor, e o irmão Sebastião Gonçalves relativas à venda de sarja, sarafina, tinta em grão e outras coisas não identificadas.
Menciona uma dívida de 40.000 réis e Manuel de Vasconcelos, morador no Convento dos Clérigos reformados em Lisboa, edificada pelo Padre Quintal.
O testamento refere ainda o Dr. Manuel Maciel da Fonseca, devedor de 140.000 réis relativos a sete anos de aluguer de umas casas na Rua do Colégio do Funchal, e menciona António da Silva Favila Vasconcelos, devedor de mil cruzados procedentes do dinheiro de vinhos, cascos, liasas e arcos, entregues em 1662, quando a instituidora fora à ilha da Madeira para curar-se.
Finalmente, o testamento refere que o instituidor manda sepultar-se na Igreja Matriz do Porto Santo.
Último administrador: José Bettencourt Perestrelo.

Perestrelo, Diogo Bettencourt (flor.1680)