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João da Silva; Manuel Martins da Silva entail archive
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Account of the administration

Autos de contas da capela de João da Silva, com vários documentos referentes à tomada de contas, datados entre 1674 e 1837.

Não é conhecido o documento de instituição.

ENCARGOS (ANUAIS): um ofício noturno taxado a 60 réis (quantia constante da escritura de venda abaixo mencionada, porém diversas tomadas de contas referem a taxa de 600 réis)
BENS DO VÍNCULO: pedaço de fazenda de giesta no Lombo das Adegas, Freguesia da Ponta do Sol.
Uma informação do vigário José da Câmara Leme, datada de 1733-08-18 (f. 18-18 v.º), identifica esta fazenda «a que chamam a Terra do Ofício»; um auto de sequestro, datado de 1787-08-23 (f. 27), localizada no sítio do Toco da Figueira, Lombo das Adegas.
SUCESSÃO: foi herdeiro o padre Pedro Ferreira, vigário da Ponta do Sol, depois vigário de São Jorge; sucede-lhe Manuel Martins da Silva que, em 1673-11-17, lhe comprou a fazenda pensionária a esta capela (f. 2-3).
ADMINISTRADOR EM 1674, data do primeiro auto de contas: o referido Manuel Martins da Silva, que havia quatro meses comprara a aludida fazenda.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Maria Teodora Pita.
OUTROS DOCUMENTOS:
F. 3-4 – Escritura de venda, feita em 1673-11-17, pelo padre Pedro Ferreira ao comprador Manuel Martins da Silva, de um pedaço de fazenda de giestal sito no Lombo das Adegas, Ponta do Sol, que houvera de herança de João da Silva do Ribeiro, o qual partia pelo norte com o comprador Manuel Martins, sul com terras de Manuel Martins Brandão, leste com o Ribeiro e noroeste com terra de D. Ana, viúva de Henrique Moniz; levava dois alqueires de semeadura e tinha um foro fechado para sempre de 60 réis pago a Inácio Pita, morador nas partes do Brasil e o encargo de um ofício de um noturno pela alma de João da Silva do Ribeiro. Tabelião: Francisco Gonçalves de Canha, tabelião público do judicial e notas da vila da Ponta do Sol.
F. 18 – Petição de D. Ana de Menezes, viúva de Inácio de Ponte da Silva, da freguesia da Ponta do Sol, em que alega viver honesta e honradamente, ser muito pobre e ter três filhas órfãs, tanto que não tinham manto nem saia para poderem «hir ouvir missa nem ofícios», vivendo numa choupana que por caridade lhe fizeram num pedacinho de terra pensionário a esta capela; por ser muito pobre e a terra não dar rendimento, solicita o perdão das pensões em atraso, bem como a esmola de um manto. Agosto de 1732.
F. 18-18 v.º - Informação do vigário José da Câmara Leme, datada de 1733-08-18, confirma que a requerente era pobre, que lhe tinha dado uma saia de esmola e que, quanto à pensão, consta «na taboa dos legados desta igreja» o seguinte: a fazenda desta capela a que chamam “a Terra do Oficio”; que na visita passada se achou que a suplicante devia muitos ofícios por possuir a propriedade e não satisfazer os legados, mas por compaixão dela mandou-se que satisfizesse apenas parte deles, o que fizera.
F. 19 – Informação do mesmo vigário, datada de 1732-08-29, a informar que na visita que fizera o arcediago, verificara que não se cumpriam os legados desde 1697, pelo que o visitador mandara a administradora fazer oito ofícios e perdoara-lhe os restantes.
F. 27 – Auto de sequestro, datado de 1787-08-23, de uma fazenda de vinhas, inhame e árvores de fruto no sítio do Toco da Figueira, de que era senhorio Manuel Telo, escrivão da Ponta do Sol, e caseiro Manuel Gomes.
F. 31 – Rol dos rendimentos dos anos de 1788-1793, da fazenda sequestrada e vinculada a esta capela, sita no Lombo das Adegas, onde chamam os Tocos das Figueiras, pertencente ao casal de Manuel Toscano de Andrade e de que era colono Manuel Gomes Florença.

Silva, Manuel Martins da (flor.1674)