Capela de Francisco Homem de Gouveia, escudeiro, e de sua mulher Isabel Afonso de Azevedo, instituída em 1529-08-04 por escritura de doação da terça da sua fazenda a seu filho Gaspar Homem com encargo de três missas semanais na Ermida dos Reis Magos, no Estreito da Calheta, por eles fundada, uma cantada em dia do seu orago com quatro clérigos e oferta de três alqueires de pão para os pobres, e ainda a obrigação de reparar e ornamentar a dita capela. O testamento de Isabel Afonso refere vários escravos.
Uma quitação de 1695 menciona o desaparecimento de quitações levadas pelos franceses quando saquearam a casa do administrador Diogo de Bettencourt Perestrelo, no Porto Santo.
Em 1779 procede-se ao sequestro de todas as propriedades do morgadio dos Reis Magos para edificação, reparação e paramentos necessários à capela, sendo o conserto orçado em seiscentos e sessenta e um mi réis.
Primeiro e último administradores: seu filho Gaspar Homem e D. Ana Perestrelo da Câmara.
Contém:
O traslado do testamento de Francisco Homem de Gouveia, o velho, aprovado em 1530-01-23;
O traslado do testamento de Francisco Homem, o moço, aprovado em 1537-12-01;
O traslado do testamento de D. Isabel Afonso, aprovado em 1554-01-26;
Um auto de arrematação do morgadia dos Réis Magos por 210.000 réis lançados por Francisco Xavier Furtado;
Uns embargos, datados de 1780, interpostos pelo capitão José Homem Freire de Noronha contra o mandado de sequestro do referido morgadio, proferido a fls. 276;
Documentos respeitantes à redução da capela.