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Gonçalo de Castro, Filipa da Câmara entail archive
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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum aprovado em 1633-04-09, redigido por Manuel Gomes Barreto, morador no lugar do Porto Moniz. É o testamento original, com assinatura dos testadores. Codicilo datado de 1635.
MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: não sabem a hora em que Deus seria servido de os levar; quiseram fazer esta cédula «ambos em hua vontade» (f. 4).
ENCARGOS (ANUAIS): seis missas rezadas, três por cada instituidor, em honra e louvor das Chagas de Cristo, ditas por todo o mês de março; um saco de trigo de foro para reparo do altar de Nossa Senhora do Socorro que está na ermida de Santa Maria Madalena do Porto Moniz e uma botija de azeite à ermida de Nossa Senhora da Anunciação onde os testadores se mandam enterrar.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença de redução, emitida em 1819-09-17 (f. 65 a 107) por D. frei Joaquim de Menezes Ataíde, vigário apostólico da diocese do Funchal, reduz as capelas administradas por D. Maria de Ornelas à pensão anual de 70.000 réis à Misericórdia do Funchal.
SUCESSÃO: nomeiam o cônjuge sobrevivo, depois a filha Maria de França, na condição de esta não casar com parente até o terceiro grau; caso o fizesse, então as terças seriam repartidas pelos outros três filhos. O codicilo parece alterar alguma destas condições, porém, o mau estado do mesmo não permite tal averiguação.
BENS VINCULADOS: terças dos seus bens, que estariam sempre juntas, impostas na Fajã do Barro e Cova Grande, entendendo-se toda a Fajã do Barro, vindo da Ribeira da Janela até cima com a terra que compraram a Luís da Costa e Nuno Gonçalves.
OUTROS VÍNCULOS: terça da mãe e sogra Joana Fernandes, com encargo de duas missas anuais no altar de Santo António da igreja de Santa Maria Madalena.
PRIMEIRO ADMINISTRADOR: o marido.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR : Agostinho de Ornelas de Vasconcelos.
OUTRAS INFORMAÇÕES DO TESTAMENTO (f. 4 a 10):
FILHOS DOS TESTADORES: três machos e uma fêmea, Maria de França, maiores de 25 anos. Um dos filhos nomeados é António de França.
IRMÃS DA TESTADORA: D. Filipa e D. Joana.
ENTERRAMENTO: na capela de Nossa Senhora da Anunciação, onde estava seu sogro e pai João Rodrigues da Câmara.
LITERACIA: [...] (test.º em péssimo estado de conservação)
OUTROS DOCUMENTOS:

  • F. 37 a 40 - Informação fornecida em 1735-01-26 pelo vigário do Porto Moniz, Paulo Vieira Jardim, extraída dos livros da igreja de nossa Senhora da Conceição do Porto do Moniz:
  • Relativamente aos testadores Gonçalo de Castro e mulher Filipa da Câmara: ele falecera em 1636-09-27 e ela em 1635-12-27, ermida de Santa Maria Madalena; quanto à ermida de Nossa Senhora da Anunciação onde se mandam enterrar, o vigário esclarece «esta ermida se demoliu totalmente neste freguezia e só existe o campus ubi na freguezia dos Canhas se erigio hua pera onde se dizem se
    transmutou esta ou o seu painel não sei se foi por provisão de el-rei o do Resíduo mas se o azeite he perpétuo e respeitava as sepulturas como estas se achão na capela de Santa Maria Madalena parece que a esta se deve pagar(…)».
  • Relativamente aos instituidores Isabel de Barros e marido João Rodrigues da Câmara, ela falecera em 27-02-157[?], enterrou-se na capela da Anunciação, deixou a terça ao marido e por falecimento deste às enteadas, Maria da Câmara e Filipa da Câmara.
  • Refere não ter notícia do testamento de Manuel de Castro e França, o Velho, e de João Rodrigues da
    Câmara, que poderiam ter falecido no Estreito da Calheta.
  • Também lhe dizem que João Rodrigues da Câmara morreu no Estreito da Calheta; o que lhe consta pelo
    livro de contas da Confraria de Nossa Senhora da Conceição, é que, desde o ano de 1687, os herdeiros
    de António Gonçalves “o Lança” ( também chamado de António Afonso “o Lança dos Moinhos”) lhe pagam
    200 réis de foro.
  • Tem notícia de um João Rodrigues da Câmara, desta freguesia (do Porto Moniz) que faleceu na freguesia da Calheta a 21-04-1584, casado com D. Branca, a quem deixou a sua terça e a de sua mãe com encargo de seis missas rezadas na sua capela, três por intenção de cada. Bens da terça da mãe: imposta no foro da Ribeira Funda e Fajã das Contreiras, no serrado defronte da casa, cascos, granéis e o quinhão dos montados. Bens da terça de João Rodrigues da Câmara: as suas casas, no terço de Rui Lopes e no Ilhéu de Câmara de Lobos. Esclarece que esta D. Branca não parece ser a D. Branca que faleceu em 31-08-1599 e deixou a sua fazenda à irmã D. Helena, com pensão de duas missas.
  • D. Helena de Carvalho, viúva de João de Valdavesso, falecera em 25-02-1639. Deixou várias capelas.
  • Joana Fernandes, viúva, faleceu em 22-08-1636 e mandou enterrar-se no seu altar de Santo António em Santa Maria Madalena. Deixou a terça à neta Maria de França, com encargo de duas missas na igreja onde fosse enterrada.

Castro, Gonçalo de (flor.1633)