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Capela de Leonor Dias, casada primeiro com João Anes e depois com Diogo Pires, lavrador e morador na Ponta do Tristão (Porto do Moniz), instituída em 1583-09-10 por escritura de casamento e dote dos seus bens de raiz a sua neta Leonor Dias, filha de João Anes, e seu noivo Francisco Nunes, criado de Luís Fernandes de Vasconcelos.
Encargo: uma missa anual ofertada com um pão, vinho e uma candeia. Capela imposta numa fazenda defronte da porta principal da Igreja de Nossa Senhora da Piedade dos Canhas e que posteriormente o capitão João Fernandes de Linhares comprou a Manuel Gomes Barreto, bisneto da instituidora, conforme as notas inscritas na folha de rosto do processo.
Em 1780 procede-se ao sequestro de uma fazenda defronte da porta principal desta Igreja, pertencente a Álvaro Francisco de Ornellas Linhares que declara não ser esta a fazenda obrigada porque antes a porta principal da Igreja “antes que se abatese” era virada para Oeste e atualmente para o sul.
Último administrador: Álvaro de Ornelas Linhares.
Observações:
Contém algumas tomadas de contas e quitações da capela de Leonor Dias, a moça que possui o encargo de duas missas anuais, imposto em três fazendas no Porto Moniz, cujas confrontações constam do Termo de declaração inscrito na folha 10.

Autos de contas da capela de Leonor Dias, com vários documentos referentes à tomada de contas, incluindo a escritura de dote, datados entre 1583 e 1780.