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- 1556-01-02 (Creation)
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ABM-JRC-121-06
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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1556-01-02 pelo notário Afonso Anes de Fraguedo, nas casas que foram do Capitão Velho onde “pousa” a instituidora.
ENCARGOS (ANUAIS): missa diária no convento de São Francisco pela esmola de 12.000 réis. Em 1738 (f. 46 vº-55) decorrem embargos interpostos por António Correia Bettencourt Henriques contra a sentença e determinação da conta tomada em 1733 (fl. 45 vº-46), em que se pretendia a fixação de uma taxa anual de 43.200 réis, visto que a esmola de 12.000 réis apenas dava para pagar 100 missas. Os embargos terminam com sentença do ouvidor geral da capitania, Dr. Luís da Silva e Brito, em que revoga tal sentença, mantendo a pensão taxada no testamento. Por sentença de 1818-12-14 (f. 106 a 143) as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a Igreja de Câmara de Lobos e duas tochas para São Bernardino.
BENS VINCULADOS: não constam. A instituidora refere que os bens procedem de seu sogro João Fernandes do Arco.
SUCESSÃO: designa o irmão Ambrósio de Brito, depois a sobrinha D. Joana Cabral, filha de seu irmão Pedro de Brito, na condição de casar com D. Gonçalo, filho de seu sobrinho D. Afonso. Não casando, esta fazenda e morgado ficaria ao filho mais velho de Aleixos de Abreu e, sucessivamente, na linha direita, ao filho macho primogénito.
ADMINISTRADOR EM 1601, data do primeiro auto de contas: D. Gonçalo Henriques.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde da Torre Bela.
OUTRAS INFORMAÇÕES DO TESTAMENTO (f. 38 e 45):
FILHOS: Sebastião de Abreu, falecido; Francisco de Abreu, a quem deu 40.000 réis, cama e vestido, quando este partiu para a Índia, além disso dá a mulher deste 10.000 réis por ano de alimentos. A instituidora morre sem filhos nem herdeiros forçosos.
IRMÃS: Catarina de Santa Clara, Francisca da Nazaré e Ana da Conceição, todas no Mosteiro de Santa Clara; Ambrósio de Brito; Pedro de Brito.
ENTERRAMENTO: convento de São Francisco. Se falecer no Arco da Calheta, manda enterrar-se na capela da Igreja de Nossa Senhora da Consolação onde está sepultado o marido, na parte do evangelho.
ESCRAVOS: deixa o mulato António a Nossa Senhora de Guadalupe para a servir, caso se venda ficará forro; liberta a escrava Bárbara na condição de servir António de Sande durante 10 anos, e desse lhe ensinar bons costumes, não o fazendo fique forra; lega 5.000 réis para resgate de um cativo natural da ilha da Madeira.
ALFAIAS RELIGIOSAS: o marido deixou 5 marcos de prata para uma cruz; para a sua capela (de Nossa Senhora da Consolação do Arco da Calheta) deixa: um cálice dourado de prata; uma vestimenta de chamaiote azul com seu savastro (sebasto) de veludo amarelo; uma alcatifa, uma toalhas para o altar; uma arca para guardar paramentos.
LEGADOS: aos pobres do Hospital deixa uma cama, a saber: colchão, um cobertor branco e um meio travesseiro com fronha e almofada; outra cama aos lázaros; 6.000 réis a Maria Durões, pelos bons serviços prestados; 10.000 réis a Catarina, enjeitada, para o seu casamento e roga ao irmão que a recolha em sua casa até essa altura; 300 réis a cada uma das irmãs que estão no Mosteiro de Santa Clara; dotou 100.000 réis à criada Antónia de Sande para casar com Aires Peixoto.
TESTEMUNHAS: Pero Gonçalves, tabelião; António Leitão, padroeiro de Nossa Senhora da Esperança; Francisco Ferreira de Sande e João Toim, respetivamente genro e filho do notário Afonso Anes Fraguedo; Baltazar da Mata e Aleixos Simões, criado de Luís de Noronha; Fernão Nunes, filho de Nuno Gonçalves, falecido; Tomé Fernandes, morador nesta cidade.
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INTERNATIONAL COUNCIL ON ARCHIVES – ISAD(G): General International Standard Archival Description: adopted by the Committee on Descriptive Standards, Stockolm, Sweden, 19-22 September 1999. 2nd ed. Ottawa: CIA/CDS, 2000. ISBN 0-9696035-5-X
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.
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2023.04.20; 2024.10.18
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