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Will made by Maria da Fonseca de Figueiredo, in which she expressed her wish to be buried in the main church of Amieira do Tejo and established an entail composed of an olive grove and other properties in Amieira do Tejo with a perpetual pious obligation of 15 annual masses. She named her godson António as first administrator during his lifetime with the condition that he would marry a girl named Úrsula Maria da Fonseca and, after their deaths, the succession should continue on their descendants.

Figueiredo, Maria da Fonseca de (d.1649)

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Will made by padre Sebastião Dias, in which he ordered his burial in the church of the Misericórdia of Amieira do Tejo and the foundation of two entails. The first entail would be composed of his houses in Amieira, entailed to an obligation of four annual masses in the Misericórdia. To administer it he named his niece Maria, daughter of Diogo Soares and Beatriz Francisca, and her successors afterwards. The second entail would be composed of a tapada in São Pedro and would be administered by Catarina Francisca, Maria's sister. It would have a perpetual obligation of three annual masses in the Misericórdia. Catarina would be succeeded by her daughter Isabel and from there on the succession should always continue on the eldest heir.

Dias, Sebastião (d.1560)

Will

Will of Maria Martins, João Dias Borrego's wife, expressing her wish to be buried in her parish church of S. Matias of Nisa and instituting three entails to her cousins João Filipe, Matias Gonçalves and Maria Dias do Cacheiro, and to their offspring, each one of them with the obligation of two annual masses.
Followed by the approval deed, dated 1697-05-01, and the opening deed of the will, dated 1698-03-23.

Martins, Maria (flor.1697)

Will

Will made in Vila Flor by Isabel Martins in which she ordered her burial in the church of S. Bartolomeu of Vila Flor and established five chapels, with a perpetual obligation of three masses each, naming her nephews Manuel Ribeiro, Maria Pais, Manuel Marchão da Rosa, Pedro Dias de Albarrol and António Martins da Rosa Albarrol to administrate their respective entails during their lifetimes, and, after their deaths, each one would be succeeded by the eldest heir, except for the chapels of Manuel Ribeiro and Maria Pais, in which the succession should always continue on the closest relative. The properties given to Manuel Ribeiro should include the land of Beco and a tapada in Vila Flor. Whomever inherited her houses would also inherit her wine cellar.
Followed by a codicil disposing over non-entailed assets.

Martins, Isabel (flor.1687)

Will

Will by which padre Manuel Gonçalves Mandeiro, beneficiado of the main church of Amieira do Tejo, Nisa, expresses his wish to be buried in the chapel founded in his church by his uncle, padre Baltasar Mandeiro. He institutes two entails favouring his nieces Ana de Góis and Beatriz Gonçalves. Each entail had the obligation of 30 annual masses, and should be transmited to their children or alternatively to the closest relative.
Followed by the approval deed, dated 1661-09-02, and the opening deed of the will.

Mandeiro, Manuel Gonçalves (flor.1661)

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Will made by Manuel Tomás in which he expressed his wish to be buried in the main church of Vila Flor. He disposed that all the remaining assets of his will should be split in three equal shares, establishing three chapels, each one with a perpetual pious obligation of seven annual masses. He named his siblings António Gonçalves, Maria Barreiros and Isabel Miguéis to administer them. Each administrator would appoint, preferably, a son to succeed on the administration of each chapel as long as the world lasted.

Tomás, Manuel (flor.1673)

Will

Will made by padre Manuel Dias, coadjutor in the main church of Gavião, in which he expressed his wish to be buried in his church and ordered the foundation of an entail composed of his farmlands with a perpetual pious obligation of eighteen annual masses. The institutor named his nephew Jerónimo Dias as first administrator during his lifetime and, after his death, the succession should continue on his descendants. If Jerónimo had no heirs, the administration would be handled to his Isabel Chambel, niece of the institutor, or to any son or daughter of Matias Marques, brother of the institutor, or the closest relative of the Sanfarrões lineage, or to the Confraria do Santíssimo Sacramento in case of complete extinction of the institutor's lineage.

Dias, Manuel (d.1682)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1635-12-08. Codicilo feito em 164[5-10]-02. Abertura: 1647-05-11.
ENCARGOS (ANUAIS): três missas e quatro mil réis à irmã D. Ana, apenas em sua vida (testamento), sendo que no codicilo atribui a mesma quantia à neta D. Ana, também em sua vida. Em 1803, breve de composição de encargos pios (f. 55-59).
REDUÇÃO DE ENCARGOS: de acordo com declaração do encarregado do cartório, José Maria Rodrigues, datada de 1841-09-07 (última folha), as capelas desta casa foram reduzidas a 20.000 réis pagos ao Seminário desta província, constando a sentença de redução dos autos da capela de Francisco d'Arja Teixeira.
BENS VINCULADOS: terça dos bens não especificados.
SUCESSÃO: nomeia o filho Manuel de Vasconcelos, e por sua morte um dos seus filhos machos; caso não nomeasse nenhum filho, então a instituidora designa o neto Agostinho.
PRIMEIRO ADMINISTRADOR: o filho Manuel de Vasconcelos.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro Agostinho Teixeira de Vasconcelos.
Outras informações do testamento (f. 3 a 5):
IRMÃOS: António Teixeira de Vasconcelos; D. Antónia.
ENTERRAMENTO: capítulo do mosteiro de São Francisco, Funchal.
LEGADOS: um frontal para Nossa Senhora da Piedade na capela de seu irmão António Teixeira de Vasconcelos.
ESCRAVOS: criou o escravo Gabriel, pede ao filho «que não o tire de si sendo ele como foi até aqui»; também lhe encomenda que favoreça as duas mulheres pretas que igualmente criou.
QUITAÇÕES DE PAGAMENTOS de missas (1654-1833) (fl. 5-94).

Ornelas, Ana de (d.1647)

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Will of João Dias, by which he establishes his grave in the monastery of São Francisco of Porto and entails a farmhouse (casal), located in Aguiar de Sousa, taken from the third part of his assets and those of Beatriz Luís, his wife, to fulfill charges, celebrated in that monastery. He appoints Gaspar Dias, his son, as first administrator, to be succeeded after his death by Baltasar Dias, his brother, if he were still alive. After Baltasar's death, the chapel administration should rest upon a legitimate male son of Gaspar.

Dias, João (flor.1564)

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Will of Maria Artur, in which she ordered, among other dispositions, the foundation of a chapel with a perpetual pious obligation of six masses celebrated every year in Montalvão. The institutor named Ana Piquita, her niece, as first administrator during her lifetime and, after her death, she would be succeeded by her sons or daughters.
Maria Artur establishes another chapel, with a perpetual pious obligation of eight masses celebrated every year also in Montalvão. The institutor named Maria Artur, her niece, as first administrator during her lifetime and, after her death, she would be succeeded by her sons or daughters.

Artur, Maria (flor.1647)

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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum (f. 2 a 4) feito em 1537-02-06. Tabelião: Afonso Enes de Fraguedo.
ENCARGOS (ANUAIS): cinco missas. Em 1803 (fl. 100 a 103) componenda de encargos pios de pensões em atraso.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: de acordo com declaração do encarregado do cartório, José Maria Rodrigues, datada de 1841-09-07 (última folha), as capelas desta casa foram reduzidas a 20.000 réis pagos ao Seminário desta província, constando a sentença de redução dos autos da capela de Francisco d'Arja Teixeira.
BENS VINCULADOS: terça dos bens imposta na melhor parte dos bens de raiz, não se refere a localização.
SUCESSÃO: designa o filho Brás. Não tendo herdeiros ficaria a quem quisesse nomear e seus descendentes, em linha direita de preferência masculina «não avendo filho macho não herdaria filha».
ADMINISTRADOR EM 1591, data da 1.ª quitação: o neto Francisco Álvares Camelo.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro Agostinho Teixeira Vasconcelos.

Camelo, Francisco Alves (flor.1537)

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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito em 1659-05-[…].
ENCARGOS (ANUAIS): trinta missas.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: de acordo com informação do encarregado do cartório, José Maria Rodrigues, datada de 1841-09-07 (última folha), as capelas desta casa foram reduzidas a 20.000 réis pagos ao Seminário desta província, constando a sentença de redução dos autos da capela de Francisco d'Arja Teixeira.
BENS VINCULADOS: não especificados.
SUCESSÃO: nomeia a mulher e depois o sobrinho Manuel Ferreira Drumond, sucedendo-lhe o filho mais velho.
ADMINISTRADOR EM 1665: o sobrinho Manuel Ferreira Drumond.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro Agostinho Teixeira de Vasconcelos.
Outras informações do testamento (f. 2 a 5):
ENTERRAMENTO: mosteiro de São Francisco, Funchal.
ESCRAVOS: referência a uma escrava que deveria ser recolhida em Santa Clara, a quem deixa 2000 réis anuais.

Drumond, Pedro Lobo (flor.1659)

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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1676-10-22 pelo tabelião Manuel Marques de Lima, aberto em 1678-04-28. Do processo consta somente a verba do testamento (f. 3-4).
ENCARGOS (ANUAIS): missa cantada em dia de Finados. Em 1803 (f. 40-43) componenda de redução de pensões em atraso.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: de acordo com declaração do encarregado do cartório, José Maria Rodrigues, datada de 1841-09-07 (última folha), as capelas desta casa foram reduzidas a 20.000 réis pagos ao Seminário desta província, constando a sentença de redução dos autos da capela de Francisco d'Arja Teixeira.
BENS VINCULADOS: fazenda de vinhas e árvores de fruto, com casa e lagar, sita na freguesia de São Martinho; montado do Cidrão com suas cabras «que nelle trago»; rendimento de um foro de meio moio de trigo no Faial com seis capões em dia de Nossa Senhora do Faial, pago por Manuel Fernandes das Covas.
SUCESSÃO: da verba do testamento apenas consta que nomeia a sobrinha D. Francisca Veloso, filha do capitão Inácio Teixeira Dória e de D. Ana de Ornelas.
A 1.ª quitação (f. 7) data de 1691-11-04, prestando contas D. Ana de Ornelas.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro Agostinho Teixeira de Vasconcelos.

Pinheiro, António Ferreira (d.1678)

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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1600-04-08, pelo tabelião Pedro Nogueira.
ENCARGOS (ANUAIS): duas missas e cinco cruzados para obras e ornato da igreja da Santíssima Trindade da Tabua. Em 1796 (f. 51-56), o administrador D. José de Brito obtém componenda de redução de pensões em atraso.
REDUÇÃO DE ENCARGOS:por sentença de 1819-02-09 (vol. I, f. 269-291 do processo de capela de João Mendes de Brito e mulher), as pensões desta capela e as outras administradas por António Saldanha da Gama são reduzidas à pensão anual de 70.000 réis à Misericórdia do Funchal (ver nota inscrita na f. 67 v.º e despacho do juiz do Resíduo na f. 68, a ordenar a averbação ao processo desta redução).
BENS VINCULADOS: propriedade de vinhas acima da igreja da Tabua, onde chamam a Ladeira. A propriedade seria mantida «sempre consertada» e sujeita aos ditos encargos pios, o administrador ficaria com o remanescente do rendimento. Em 1654-03-07 (f. 4 v.º-5), o capitão João de Bettencourt da Câmara toma posse desta fazenda.
SUCESSÃO: nomeia como herdeira universal a prima Isabel Vogado, filha de seu irmão Manuel de Medeiros, e somente após a sua morte se instituiria o vínculo de capela no seu filho varão primogénito e na linha de seus descendentes. Não havendo herdeiro varão ou fêmea, a administração tornaria à linha de sucessão do irmão Manuel de Medeiros.
ADMINISTRADOR EM 1655 (data da primeira quitação f. 16): capitão João Bettencourt da Câmara.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Francisco Correia Herédia.
Outras informações do testamento (f. 2 a 4):
TESTAMENTEIRO: primo João de Medeiros, clérigo de missa, morador no Cabo do Calhau.
ENTERRAMENTO: igreja de Nossa Senhora do Calhau, na sepultura da mãe.
TESTEMUNHAS: padre Gaspar Estácio; Pedro de Teives, mercador; Estêvão Dias da Costa, pedreiro; Cristóvão de Andrade; Roque Álvares, mareante; João Rodrigues, covoeiro.
Outras informações do processo:
F. 28/29 - Certidão do vigário da igreja da Tábua, datada de 1763-04-15, sobre a origem da pensão e cumprimento da mesma, extraída do tombo da igreja paroquial.
F. 26 v.º-27 - Informação de Estêvão António Cardoso da Silva, datada de 1763-03-24, onde conta um esclarecimento sobre os bens da capela do padre Lopo Dias.

Ferreira, Domingos Pacheco (flor.1600)

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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1687-08-08, pelo tabelião Inácio Gouveia Barcelos, aberto em 1687-08-24.
ENCARGOS (ANUAIS): quinze mil réis para missas aos domingos, dias santos e as três missas do Natal, celebradas no convento de São Bernardino. Em 1758 (f. 79 a 83), componenda de redução de encargos pios obtida por D. Francisca de Menezes, viúva de D. Sancho Francisco de Herédia.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1819-02-09 (vol. I, f. 269-291 do processo de capela de João Mendes de Brito e mulher), as pensões desta capela e as outras administradas por António Saldanha da Gama são reduzidas à pensão anual de 70.000 réis à Misericórdia do Funchal (vd. despacho do juiz do Resíduo na f. 132 v.º-133), a ordenar a averbação ao processo desta redução).
BENS VINCULADOS: duas fazendas na Ribeira da Caixa que seu marido lhe deixara expressamente para fazer capela por sua alma, de que são meeiros Pascoal Garcia e Diogo Dias; dezoito alqueires de terras de pão na Ribeira do Cabral compradas a Manuel da Cunha; anexa ainda um foro anual de cinco alqueires de trigo a retro aberto que paga Leonor de Faria, viúva de Manuel Dias. Todos estes bens não poderiam ser vendidos nem alienados, porém, os herdeiros poderão «pessuhir e defrutar todas as sobras dos quinze mil reis».
SUCESSÃO: nomeia a sua irmã Ana Ferreira, viúva de João Pinheiro da Silva, e por seu falecimento ficaria a sua filha D. Ana, viúva de Pedro Moniz de Meneses. Sucederia Manuel, filho da dita sobrinha D. Ana e seu filho ou filha.
OUTROS BENS VINCULADOS: i) fazenda acima das Romeiras, onde vive Diogo Dias, a sua direita parte deixa-a à sobrinha D. Ana, com encargo de uma missa pela alma de sua falecida irmã Bárbara, dita no altar do Bom Jesus da Sé.
ii) fazenda de vinhas e terra baldia sita na Ribeira da Caixa, comprada a D. Ana Novais, moradora na Aldeia, a qual deixa ao testamenteiro e cura António Caldeira de Aldrama, com encargo de uma missa no altar do Bom Jesus da Sé.
iii) pomar que seu marido comprara a Pedro Lopes Correia, deixa à mulata Maria com pensão de uma missa perpétua no altar do Bom Jesus da Sé. Caso a mulata morresse sem tomar estado, ficaria à sobrinha da instituidora D. Ana.
ADMINISTRADOR EM 1692: capitão António Soares de Abreu. A primeira quitação é de 1687-08-29 (f. 9).
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Francisco Correia Herédia.
Outras informações do testamento (f. 2 a 6 v.º, e apenso, f. 1 v.º a 16 v.º):
IRMÃOS FALECIDOS: Bárbara de Aguiar; Maria Ferraz; padre frei Manuel da Ressurreição.
ENTERRAMENTO: capela mor da igreja de Nossa Senhora da Graça, em cova do marido.
TESTAMENTEIROS: padre António Homem Barreto e cura António Caldeira de Aldrama.
LEGADOS: 10.000 réis a Isabel Ferreira, viúva de Francisco de Faria; a Ana Gonçalves, mulher de Manuel Dias, deixa um colchão, dois lençóis, um travesseiro e um cobertor branco; 20.000 réis a Nossa Senhora da Graça, para ajuda de dourar o retábulo; 10.000 réis para ajuda de consertar “onde foi a cozinha do Servo de Deus São Pedro da Guarda”; 15.000 réis a Simão Fernandes Fortes, marido de sua sobrinha Antónia Luís; um manto de sarja à mulher de Manuel Fernandes Bacalhau; deixa 20 contas de ouro por esmaltar a Maria, filha donzela de Pascoal Garcia; um afogador de ouro e uma sevilhana a Teodora, filha de Simão Fernandes Fortes; 40.000 réis para se fazer o altar de Nossa Senhora do Socorro; 50.000 réis para cinco órfãs honradas; 10.000 réis a Isabel Ferreira, viúva de Francisco de Faria; 10.000 réis a uma filha de Catarina Jorge na cidade; 15.000 réis a Simão Fernandes Fortes casado com Antónia Luís, sobrinha da testadora; 10.000 réis às duas filhas de Catarina Figueira, viúva.
ESCRAVOS: a Maria, sua preta, deixa um hábito de São Francisco para quando morrer; determina que a negrinha Simoa sirva a sua escrava mulata Maria, e por morte desta ficaria aos seus herdeiros (da instituidora); liberta a mulata Maria após o seu falecimento, recomendando que servisse a sobrinha D. Ana enquanto não tomasse estado; mais lhe deixa um pomar, joias e uma caixa com o seu fato, para além de uma mesa e toalha grande.
TESTEMUNHAS: Manuel Vieira de Chaves, João de Abreu, António Nunes, Sebastião Gonçalves, Pascoal Garcia, Sebastião Vieira, filho de António Nunes, todos moradores no limite de Câmara de Lobos.

Ferreira, Mónica de Aguiar (d.1687)

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Will by which D. Ana de Almeida, Jerónimo Borges' wife, establishes an entail with the third part of her assets, including houses in Lisboa, whose revenues would support the celebration of annual masses in the chapels of Jesus and S. Tomás de Aquino of the convent of S. Domingos of Lisboa. She appoints her husband, Jerónimo Borges, to be the entail's first administrator, after whose death it should be inherited by Manuel Borges, her brother. She orders that this entail should be attached to the one her husband had already founded. She chooses to be buried next to her husband, in the chapel he founded in the church of the convent of Santo António dos Capuchos of Lisboa. Followed by an approval deed, issued on 1588-07-20, and an opening deed, issued on 1588-07-28.

Almeida, Ana de (d.1588)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2-6) feito em 1515-09-15, quando o instituidor estava de partida para o reino; traslado de 1796. O testamento não foi aprovado, por ocasião do inventário procedeu-se à atribuição de bens para a capela (cf. f.8).
ENCARGOS PERPÉTUOS: duas missas semanais celebradas no convento de São Bernardino por sua alma e de seus filhos que aí jazem, 30 canadas de azeite bom em dia de São Bernardino, trinta réis de pão cozido e de carne ou peixe aos Sábados e uma pipa de vinho novo todos os anos.
MOTIVO DA FUNDAÇÃO: não se encontrava doente de nenhuma enfermidade, «e a fis porquanto partia para o Reino de Portugal" (f. 5 v.º).
REDUÇÃO DE ENCARGOS: em 1593-12-19 (f. 7-11 v.º), o bispo do Funchal, D. Luís de Figueiredo, sentencia a redução dos encargos para uma missa mensal, permanecendo em vigor as demais obrigações. O então administrador, João de Bettencourt de Vasconcelos, neto do instituidor, alegara que “nem para metade havia renda para se cumprir isto”, pois a fazenda afeta ao vínculo estava aforada por 5.500 réis e os encargos ascendiam a 15.440 réis anuais. Justifica, ainda, que ao tempo da instituição o vinho valia a bica 800 réis, o azeite 30 réis a canada e as esmolas das missas custavam 30 réis, ora, em 1593, o vinho valia a bica 5.000 réis, o azeite seis vinténs a canada e as missas importavam a meio tostão. Em 1796, os encargos acham-se reduzidos a uma missa cantada por 4.440 réis (informação na folha de rosto dos autos).Pela redução de 1814-03-20, ficou esta capela anexa à capelania da Lombada com pensão de duas missas anuais (informação na f. 26). Uma informação inscrita na f. 27, datada de 1818-11-10, informa que os autos de redução se encontram junto aos autos da capela de D. Guiomar de Couto, encontrando-se na f. 41 a confirmação definitiva dessa redução.Em [1819-01-28] o adminstrador João Carvalhal Esmeraldo Vasconcelos Bettencourt obtém indulto apostólico de componenda das pensões caídas de todas as suas capelas (f. 27-33 v.º-tradução).
SUCESSÃO: forma de sucessão não referida expressamente no testamento. Recomenda à mulher que cumpra o seu testamento todos os anos, referindo que nomeara por morte desta alguns de seus herdeiros para que "tenham carrego do dito meu testamento e o cumpra para sempre" (f. 5 v.º).
BENS VINCULADOS: determina que a terça seja imposta em bens de raiz em boa terra com água em Câmara de Lobos para serem aforados “a quem por ela mais der”. A já aludida sentença de redução (f. 7-11 v.º) enumera os bens da capela, a saber: 160 mil réis no chão de uma horta sita na cidade; 4.500 réis pagos pelos herdeiros do Gramacho do foro de umas casinhas e chão que estavam “na testa” desta horta; uma casa térrea na rua de Álvaro Matoso avaliada em 15.000 réis e 1.000 réis de foro pagos por João Serrão.
SUB-ROGAÇÃO DE BENS: a verba declaratória (fl. 38/38 v.º), datada de 1847-12.23, refere a sub-rogação por parte de benfeitorias no sítio do Palheiro Ferreiro dos seguintes bens vinculados: casa n.º 26da rua da Queimada, Sé; capital de um foro de 340 réis imposto na casa n.º 1 da mesma rua e ainda o capital de outro foro de 1.400 réis imposto em um terreno na mesma rua. Já a verba de 1852-07-21 (fl. 39/39 v.º), informa sobre a sub-rogação da casa n.º 6 da rua de João Tavira, Sé, avaliada em 1.134.000réis, por igual valor em terreno e benfeitorias no Palheiro Ferreiro.
PRIMEIRO E ÚLTIMO ADMINISTRADORES: o testamento não refere o herdeiro da terça.
OUTROS VÍNCULOS: parece administrar a capela de Maria Gomes, uma vez que recomenda à mulher que cumpra as três missas cada ano de Maria Gomes.
OUTRAS INFORMAÇÕES DO TESTAMENTO (f. 2 a 6):
TESTAMENTEIROS: sua mulher.
IRMÃOS: Martim Mendes e João Mendes.
GENROS: Henrique de Bettencourt e André de França.
VESTIMENTAS/ALFAIAS RELIGIOSAS: lega ao mosteiro de São Bernardino uma vestimenta de seda de damasco, uma capa e um frontal do mesmo e um cálice de prata dourado de três marcos de prata.
DÍVIDAS: a António de Espínola, 53 mil réis e 50 "e tantas" arrobas de açúcar; aos sobrinhos filhos de Diogo Vaz da Veiga, 40.000 réis; três cruzados a João Freiri “o Velho”, fidalgo da Baía; contas acertadas com “os alemaens” com quem teve uma demanda, cujos conhecimentos de como estavam pagos em mel estavam no seu cofre.
CRÉDITOS: tem três desembargos d'El-Rei, de 160 mil réis e dois de 107 mil réis, que tem o primo Pedro Afonso de Aguiar em Lisboa, manda que os arrecadem.
ENTERRAMENTO: no mosteiro de São Bernardino, na sua capela onde jazem seus filhos.
LITERACIA: o testador fez e assinou de seu costumado sinal o testamento.
OUTROS DOCUMENTOS:
F. 7 a 11 v.º - Traslado da carta de sentença de redução de capela, emitida por D. Luís de Figueiredo, em 1593-12-19.

Vasconcelos, Rui Mendes de (flor.1515)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1615-07-03 pelo tabelião do judicial e notas da capitania de Machico, Manuel Pinto de Lemos; aberto em 1615-07-06.
ENCARGOS (ANUAIS): duas missas, uma em dia de Nossa Senhora do Socorro e outra em dia de Nossa Senhora da Visitação de Santa Isabel. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1819-02-09 (f. 56 a 92) as pensões desta capela e as outras administradas por Diogo de Ornelas Frazão são reduzidas à pensão anual de 60.000 réis para missas a celebrar na capela de Nossa Senhora da Guia da Calçada de Santa Clara e 40.000 réis à Misericórdia do Funchal.
BENS VINCULADOS: terça dos bens não especificados.
SUCESSÃO: nomeia o filho menor e único Fernão Teixeira de Madureira, cujo tutoria nomeia no compadre Tomé Mendes de Vasconcelos, com a ajuda do tio Roque Ferreira de Carvalho. A sucessão seguiria a primogenitura varonil legítima, não tendo filhos a terça dos bens ficaria para a Confraria do Santíssimo Sacramento do lugar.
ADMINISTRADOR EM 1619: o tio Roque Ferreira de Carvalho, morador na vila de Santa Cruz.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Diogo de Ornelas Frazão Sénior.
Outras informações do testamento (f. 2 a 7):
ENTERRAMENTO: igreja do Salvador, Santa Cruz, em cova do pai.
OUTROS FAMILIARES referidos: irmão padre Frei António, da congregação do mosteiro de Nossa Senhora da Graça de Lisboa; cunhado Manuel Carvalho de Madureira; D. Mecia, viúva de seu pai.
AÇÚCAR: tem na loja 125 pães de açúcar por purgar e 50 purgados do ano anterior, dos quais manda pagar o quinto, e o que sobrasse vender-se-ia para cumprimento das obrigações que deixa ao filho.
DÍVIDAS: manda pagar ao padre João Ferreira, cura nesta vila, de missas celebradas “na minha capella de Machyquo”; deve a António da Costa “levado o feitio de um finco de açúcar” pertencente ao Conde Vimioso.
TESTEMUNHAS: Matias César; Luís Gomes Alvelos, escrivão dos órfãos, Melchior Carvalho; Domingos Rodrigues Teixeira, escrivão; Melchior Rodrigues Teixeira; João Mendes de Galdo, procurador advogado; António Gonçalves, guarda da ribeira.

Câmara, Luzia da (d.1615)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1685-08-14, pelo tabelião António de Vares Pereira, aberto em 1685-08-26.
ENCARGOS (ANUAIS): dois tostões à confraria de Nossa Senhora da Luz de Gaula.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1819-02-09, as pensões desta capela e as outras administradas por Diogo de Ornelas Frazão são reduzidas à pensão anual de 60.000 réis para missas a celebrar na capela de Nossa Senhora da Guia da Calçada de Santa Clara e 40.000 réis à Misericórdia do Funchal (sentença inclusa em outros autos de contas de capelas administradas pelo aludido morgado).
BENS VINCULADOS: metade de uma fazenda no Pomarinho, em Gaula.
SUCESSSÃO: nomeia a sobrinha Isabel Espínola, mulher de Pedro Nunes, não acrescentando outras recomendações quanto à sucessão.
HERDEIRA DOS BENS E TESTAMENTEIRA: sobrinha D. Maria de Brito Espínola, sem encargo ou pensão.
PRIMEIRA QUITAÇÃO: data de 1685-09-17 (f. 10), passada a favor da sobrinha e testamenteira Maria de Brito Espínola. Na primeira tomada de contas, em 1687, esta é representada pelo procurador, Pedro Nunes de Vasconcelos.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Diogo de Ornelas Frazão Sénior.
Outras informações do testamento (f. 1-5 v.º):
ENTERRAMENTO: igreja matriz de Santa Cruz, em sepultura do pai localizada no meio da igreja, junto à mesa do Santíssimo Sacramento.
MORADA: Ribeira da Boaventura, termo da vila de Santa Cruz.
PROPRIEDADES: i) «[…] que tenho em Gaula em terra de Manuel Pereira da Costa, manda que se digam oito missas por alma do marido «por hua so vez» quando tomar posse da portada. Segundo nota inscrita na f. 1, seriam deixadas a D. Isabel Escórcia.
ii) casas palhaças em Gaula que deixa a Isabel da Mata, com o encargo de quatro missas «por hua so vez».
TESTEMUNHAS: padre Francisco de Bettencourt de Sá, que assina pela testadora; tabelião Manuel de Almeida; Francisco pereira; João Ferreira, o moço; Manuel Teixeira Barreto.

Arvelos, Maria de (d.1685)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1575-04-21 pelo tabelião Pêro Lopes.
ENCARGOS (ANUAIS): cinquenta missas na igreja de Nossa Senhora do Calhau, com responso sobre sua sepultura. Em 1797 (f. 114-117) breve de composição de missas. Por sentença de 1819-02-09 (f. 120 a 156) as pensões desta capela e as outras administradas por Diogo de Ornelas Frazão são reduzidas à pensão anual de 60.000 réis para missas a celebrar na capela de Nossa Senhora da Guia da Calçada de Santa Clara e 40.000 réis à Misericórdia do Funchal.
BENS VINCULADOS: terça dos bens não identificados que deixa à mulher Violante d'Utra, para que haja tudo livremente e somente faça seu enterramento, ofícios e legados; concede-lhe, ainda, com a faculdade de poder nomear quem ela quisesse. Caso a mulher falecesse primeiro que ele testador, então deixava a terça ao filho Manuel de Figueiró, na descendência do filho varão primogénito legítimo. Caso não tivesse varão «seja a sua filha e seja legitima a mais velha e se chamara de Figeiro».
ADMINISTRADOR EM 1597, data da primeira quitação (f. 12): o filho Manuel de Figueiró D'Utra. Numa quitação a f. 14, refere-se que a mãe Violante d'Utra já era falecida em 1599. Na primeira tomada de contas, em 1613, é administrador o neto Mnauel de Figueió de Menezes.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Diogo de Ornelas Frazão Sénior.
Outras informações do testamento (f. 3 a 6):
ENTERRAMENTO: igreja de Nossa Senhora do Calhau, sua freguesia, na sepultura da filha Violante de Figueiró.
OUTROS FILHOS: Barnabé d'Utra.
PARTILHAS: previdentemente, declara ter feito partilha de sua fazenda, para os filhos «escusarem protestos e alguns escandalos sem terem rezam».
TESTEMUNHAS: Pero de Barros, vigário de São Gonçalo; António Gonçalves, mestre de açúcar; João Lopes, filho do tabelião Pêro Lopes; Manuel de Figueiró, filho do testador; Baltazar Antunes, filho de Belchior Antunes; Brás Dias, filho de Clemente Gil, caixeiro; Gonçalo Rodrigues, alfaiate, todos moradores na cidade do Funchal.

Figueiró, Manuel de (flor.1575)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito em 1658-08-[…]; codicilo feito em 1663-12-13, assinado pelo capitão Manuel Gomes Uzel, visto o testador “estar sagrado em ambos os brassos”.
ENCARGOS (ANUAIS): dez missas.
SUCESSÃO: filha D. Isabel de Andrade, mulher do capitão Francisco Alves Homem, depois a neta e filha desta, D. Cecília. No testamento, nomeava em primeiro lugar o filho Bento de Couto Cardoso, na condição de este casar com mulher que «for igual a ele». Porém, no codicilo exclui-o como herdeiro da terça, uma vez que lhe certificaram que tinha casado com uma «mul[…] com quem andava em demanda (…) e pelo agravo que me fez de palavras afronta[…] que me deu e ingratidão que me teve lhe tiro a dita terça» (f. 38 v.º).
BENS DA TERÇA: imposta «no lugar do Seissal no lugar do Jardim» (f. 39 v.º). Recomenda que a fazenda da terça não se possa vender, nem empenhar ou diminuir.
OUTROS BENS VINCULADOS:
i) à escrava Lourença, que o serviu muito bem e a quem fez um escrito de alforria, a pedido da mulher, deixa vinte alqueires de trigo de um foro para comer em sua vida, com obrigação de duas missas anuais, e por sua morte ficaria à neta D. Cecília com encargo de 4 missas.
ii) refere a terça de sua mulher D. Cecília Beliago e diz sobre a ermida de Nossa Senhora da Piedade no Jardim do Mar, já então construída: «(f. 36)…aquela irmida que esta no Jardim de Nossa Senhora da Piedade […] ela mandou que lhe […] manda fazer de pa[…] mandei pipas da qual […] fazenda dita (f. 36 v.º) irmida e telha […] que ainda sobejou perto de hum milheiro e pedra e taboado de pinho e outra madeira de cedro pera as portas e o painel que me vendeu Salvador Pereira e o que na dita irmida se fez». A terça de D. Cecília fora deixada a suas duas filhas Maria (entretanto falecida) e Isabel.
iii) refere a terça de seu filho António do Couto, imposta no serrado da Cruz, e deixada às irmãs.
iv) refere a terça de Manuel Carvalho, irmão do instituidor, imposta num pedaço de vinha no Paul e obrigada a duas missas anuais e uma canada de azeito para a lâmpada de Santo Amaro;
v) refere também a terça de Ana Rodrigues, imposta em 10 alqueires de trigo e com obrigação de duas missas anuais. Esta terça e a de Ana Rodrigues entraram no dote da filha D. Joana de Couto.
ADMINISTRADOR EM 16[6]8-07-[…], data da primeira tomada de contas: […]ves Homem. Em 1721 é administrador o capitão João de Couto Cardoso Esmeraldo.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Francisco João de Vasconcelos.
Informações do testamento (f. 3 a 9 – fragmentos; outro traslado de 1786 a f. 29-37 v.º; codicilo f. 37 v.º-40 v.º): viúvo de D. Cecília de Beliago, filha de João Paris Beliago e de Ana Fernandes.
FILHOS: Maria (falecida), Ana (falecida); António do Couto, padre (falecido); Isabel de Andrade c.c. Francisco Alves Homem; Pedro Couto Cardoso, vigário da Ponta do Pargo; Bento de Couto Cardoso; Joana de Couto c.c. Pedro Ribeiro Esmeraldo.
ENTERRAMENTO: igreja do Espírito Santo da Calheta, em cova do sogro João Paris Beliago.
LEGADOS: à moça Luzia doa 2000 réis por cada um dos anos que o serviu, um colchão, dois lençóis e um cobertor e dez alqueires de trigo.
ESCRAVOS: mulato Domingos, que tinha dado à filha Ana, pedindo esta a sua libertação, tendo o instituidor feito um escrito ao filho Pedro de Couto Cardoso do mesmo escravo; no codicilo o instituidor liberta-o e deixa-lhe dez alqueires de trigo. Escrava Lourença, acima referida.
DOTE de Joana de Couto, mulher de Pedro Ribeiro Esmeraldo – Propriedades: terças de Manuel Carvalho e Ana Rodrigues, acima referidas, de que o instituidora sempre prestara contas; umas casas que o dotado vendera a Manuel de Figueiroa; lugar no Jardim onde chamam a Salmo[o]ssa (?). Joias: uma cadeia de ouro pequena; uma cadeia de ouro do pescoço com uma pêra de âmbar no valor de 17.000 réis; um colar de aljôfar entremeado de ouro no valor de 3000 réis; botões de ouro; anéis de ouro com pedras vermelhas e verdes; contas de ouro. Roupas de casa e vestuário: quatro colchões novos de arca no valor de 20.000 réis; um cobertor de grão no valor de 4000 réis; dois travesseiros e suas almofadas; umas cortina “de cortadas”(?) que vieram da Índia que custaram mais de 10.000 réis; um vestido com saio de cetim preto e saia de seda no valor de 20.000 réis; um manto de “agricea”(?); chibão de damasco de cores, uns chapins com chapas de prata no valor de 3.000 réis; oito camisas, entre outros itens.
VINHO: ao genro Francisco Alves Homem dá todos os anos uma pipa de malvasia no Jardim.

Cardoso, João do Couto (flor.1658-1663)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 29-30), feito em 1634 e não aprovado, segundo informação extraída do registo de óbito da testadora, datado de 1634-12-19 (ABM, PRQ, Lv.º 541, f. 130 v.º).
ENCARGOS (ANUAIS): duas missas; construir uma capela da invocação de Nossa Senhora da Piedade no Jardim do Mar, conforme prometera «e da dita minha terça se fara no Jardim hua irmida da Senhora da Piedade que já t[…….] [prome]tido».
BENS VINCULADOS: terça dos bens não especificados.
SUCESSÃO: nomeia as duas filhas. Caso não tivessem descendentes, ficaria para os outros seus filhos.
ADMINISTRADOR EM 1711-06-04, por ocasião da primeira tomada de contas: Sebastião Gonçalves, pelo capitão Bartolomeu de Couto.
PRIMEIRO E ULTIMO ADMINISTRADORES: o marido e o morgado Francisco João de Vasconcelos.

Beliago, Cecília de Couto (d.1634)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1552-05-02 pelo notário Duarte Martins.
ENCARGOS (ANUAIS): 250 réis, um ofício e 16 canadas de azeite à Confraria do Santíssimo Sacramento da igreja do Caniço; nove missas nas nove festas de Nossa Senhora; doze missas em cerrado; cinco missas à honra das chagas de Cristo. Manda que os mordomos desta confraria construam, se quiserem, uma capela na igreja de Santo Antão do Caniço «sua vontade era que em minha vida se podesse fazer huma capela em a igreja de Santo Antão onde esta o altar de Nossa Senhora ficando ai o arco para naquela capela se encerrar o Santíssimo Sacramento e estar na capela um retabolo de Nossa Senhora (…) digo podendo-a fazer meus testamenteiros pelo tempo adiante e sendo disso contentes os confrades que folgaria que a fizessem, eu não os obrigo que a fação (…)».
REDUÇÃO DE ENCARGOS: a verba da sentença de redução (f. 240-241 v.º), incluindo quitação datada de 03-08-1819, extraída dos autos da capela de João Rodrigues da Câmara e mulher D. Isabel César, reduz as capelas administradas por D. Ana Berenguer à obrigação de 14.000 réis anuais aos religiosos de São Francisco para um ofício de nove lições com missa por intenção de todos os instituidores, porém ficaria em vigor a pensão para a Confraria do Santíssimo da paróquia do Caniço, de uma missa cantada, 250 réis e 16 canadas de azeite.
SUCESSÃO: nomeia por herdeiros da sua terça os filhos António e Francisco do Rego.
BENS DA TERÇA: não refere.
ADMINISTRADOR EM 1584, data da primeira quitação: ilegível.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro de Santana, tutor dos filhos órfãos de Diogo Berenguer de França Neto.
Outras informações do testamento (1.º traslado f. 1-7; 2.º traslado f. 254 a 263, este extraído do Tomo 3.º do JRC, f. 167 v.º):
ENTERRAMENTO: em Santo Antão do Caniço, na capela onde está o filho João do Rego.
TESTAMENTEIRO: António do Rego e irmão Francisco do Rego.
FILHOS ILEGÍTIMOS do instituidor e de uma criada de D. Guiomar, mulher de Rui Teles, de quem era camareiro: Beatriz do Rego, mulher de Fernão Novais, de quem nasceriam duas filhas, Madalena do Rego e António, “este que dizem estar” no Brasil; outra filha casada com Manuel Vieira. Estas duas filhas nasceram quando o instituidor era solteiro, sendo que a referida criada depois viria a casar com um “homem bom rico e honrado e cavaleiro e dos bons da terra que se chamava Gomes Henriques”, e de quem teria um filho Diogo Henriques.
TESTEMUNHAS DO TESTAMENTO: filho Francisco do Rego; genro Manuel Vieira; António Fernandes e João Godinho, moradores no Caniço; Francisco Dias de Gouveia, morador no Porto Novo; Mendo de Ornelas.
Outros documentos:
F. 2 – na margem inferior, encontra-se a seguinte nota «por morte de dona Anna de Fra[…] que faleseu em 26 de março 1[…] Guaspar do Reguo se apossou […] desta capela que instutuio Gaspar do Reguo o velho (…)».

Rego, Gaspar do (flor.1552)

Will

Will by which Nicolau Nunes de Elvas, Fidalgo da Casa do Rei, adds pious obligations to the chapel he, his brother and his mother established in the convent of S. Domingos of Lisboa. He demands the executors of his will, D. Francisco de Faro, Conde de Odemira, and Doutor Gregório de Valcácer de Morais de Brito, to administrate all of his assets, obligating them each year to donate 90 000 réis for the dowry of 3 orphan girls, to free prisoners of the prison of Limoeiro, to support the ransom of portuguese captives in Africa, to light a lamp in the chapel of Jesus of that convent and to give 38 000 réis to 3 women who should pray for his soul in that chapel. He declares that his remains must be buried next to those of his mother and brother. Followed by an approval deed issued on 1647-07-10 and a list of the testator's assets and debts signed by Nicolau and Frei Francisco de Santa Maria.

Elvas, Nicolau Nunes de (flor.1612-1647)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1560-07-15, no paço dos tabeliães das notas. Tabelião: Gaspar Gonçalves; primeiro traslado de 1567-11-14. O testador faz o testamento «estando de caminho pera Portugual a fazer cousas que muito me cumprem pera lequidasão de minha conta (…) não sabendo o que nesta viagem e caminho me acomtesera».
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa na igreja de Nossa Senhora do Calhau com oferta de pão, vinho e candeias, no valor de 40 réis. REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença do Juiz dos Resíduos, datada de 1775-12-02 (f. 70-70 v.º) reduz a pensão da capela a uma missa de cinco em cinco anos por 150 réis e 50 réis pela oferta. A verba da sentença de redução (f. 89 v.º-90 v.º), incluindo quitações datadas de 16-11-1819 e 07-11-1820, reduz as capelas administradas por D. Ana Berenguer à obrigação de 14.000 réis anuais aos religiosos de São Francisco para um ofício de nove lições com missa por intenção de todos os instituidores.
BENS VINCULADOS: terça dos bens imposta no lugar de vinhas e latadas de malvasia junto São Lazaro “que esta alem da ribeira que vai ter a São Lasaro e parte pela ribeira asima ate entestar com o caminho que vai pera a quinta de Antonio Rabelo de Lima e dahi pelo caminho que vai ter a a ermida de Santa Catrina pera a ermida de São Lasaro ate se entestar outra vez na ribeira (…) mais o movel e raiz que se achar”.
SUCESSÃO: nomeia D. Antónia de Vasconcelos, que «fara dela o que quiser». Pede aos filhos que lhe não “tenhão sobre esta pobre eransa hua deferemsa nem demanda sobre a dita tersa mas antes como mai que os criou lhe deixem a conta da dita tersa as milhores pesas de movel que ela quiser tomar».
ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1591, data da primeira quitação (f.8-9): Catarina Meireles, nora do instituidor.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro de Santana, tutor dos filhos órfãos de Diogo Berenguer de França Neto.
Outras informações do testamento (f. 2 a 7):
ENTERRAMENTO: igreja de Nossa Senhora do Calhau, no jazigo de seu pai e de sua mulher D. Mecia, à entrada da capela mor.
MORADA: junto à ermida de São Lázaro, Funchal.
DÍVIDAS/CRÉDITOS: está de partida para Portugal para liquidação de contas da Alfândega do ano de 1547; ficou por arrecadar 36.000 réis de João de Medeiros; de Joana Lopes, viúva de Álvaro Martins, 38.000 réis; refere que foi a Portugal em 1544 para negociar uma dívida que era em parte dos filhos “e andei la sete meses a minha custa pera me não levarem minha fazemda» por 1600 arrobas de açúcar e duzentos mil reis em dinheiro que os filhos deviam desembaraçou metade e ficou setenta mil reis.
PARTILHAS: fez partilhas com o filho Tristão de França e Pêro Brás.
Referência ao cartório de Manuel Fernandes, genro de Marcos Lopes.
LITERACIA: sabe ler e escrever (redige o testamento e assina de seu sinal).
TESTEMUNHAS: Manuel Tavira; Gaspar Gonçalves, Damião Gonçalves e António Lopes, todos notários; Luís de Bairos; António Fernandes, todos moradores na cidade do Funchal e termo.

Delgado, Manuel (flor.1560)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 1-5) aprovado em 1680-01-15 pelo tabelião Inácio de Gouveia Barcelos; verba do testamento (f. 26 a 28).
ENCARGOS (ANUAIS) E BENS VINCULADOS: institui três vínculos de capelas, com os respetivos encargos, a saber:
i) três missas impostas nos aposentos onde vive, abaixo da igreja de Nossa Senhora da Graça, Estreito de Câmara de Lobos, que deixa ao cunhado João de Madureira Moniz e depois à sobrinha D. Ana, filha de seu sobrinho Diogo de Freitas Henriques;
ii) uma missa imposta numa courela dos aposentos referidos, que deixa a António de França; “familiar de sua casa”;
iii) duas missas à honra do Santíssimo Sacramento, impostas na fazenda da Ribeira do Forno, para o que deixou dois cruzados aos mordomos da sua Confraria.
ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1683, por ocasião da primeira tomada de contas: Manuel de Sousa. De acordo com anotação na folha de rosto, segue-se na administração Amaro Nunes, por comprar a fazenda sita nas Fontes, Estreito de Câmara de Lobos, a Manuel de Sousa Uma petição de José Luís de Freitas, datada de 1772 (f. 25-25 v.º), a contestar o sequestro feito num bocado de fazenda onde mora, esclarece não possuir as fazendas desta capela, concretamente: a) não possui o bocado de fazenda com encargo de uma missa; b) quem possui a propriedade obrigada a três missas é D. Ana Isabel Bernarda, viúva de António Teixeira Dória; c) quem possui a fazenda da Ribeira do Forno é Gaspar Pinto; d) uma mulher baça chamada Maria do Carmo é quem possui uma courela com encargo de outra missa.
A sentença do Juiz do Resíduo, datada de 1774-01-10 (f. 34v.º-35), determina que se tomem contas da capela com encargo das três missas, e quanto às outras duas capelas, manda que o escrivão faça duas atuações distintas e notifique a administradora Maria do Carmo e o tesoureiro da Confraria do Santíssimo Sacramento. Uma nota na folha de rosto diz que a capela deixada a António de França foi abolida por provisão registada no tomo 12 […].
REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença de redução do bispo D. Joaquim Ataíde, datada de 1819-09-11 (f. 77-78; 93), reduz as capelas administradas por Luís Dória a 25.000 réis anuais às religiosas capuchas do convento das Mercês para cantar um ofício de defuntos com missa cantada.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Luís Teixeira Dória.
Outras informações do testamento (f. 1 a 5):
ENTERRAMENTO: igreja de Nossa Senhora da Graça, Estreito de Câmara de Lobos, na sepultura do tio António Álvares, do qual é herdeira.
IRMÃO: padre António Gonçalves, falecido, que foi vigário em São Pedro, Funchal.
LITERACIA: a testadora na sabe ler e escrever, testamento feito e assinado a rogo pelo padre António Caldeira de Aldrama.
TESTEMUNHAS: padre cura António Caldeira; Manuel Gomes Cunha; Luís Gomes; Manuel Brás; alferes António Soares e Abreu.
Outras informações do processo:
F. 29 – Certidão do padre Manuel Borges de Alemanha, vigário do Estreito de Câmara de Lobos, datada de 1772-10-06, com o teor das pensões e confrontações das capelas instituídas por Maria Henriques. Da primeira certidão consta que a testadora faleceu a 14 de março de 1680.

Henriques, Maria (flor.1680)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1539-06-22.
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa cada semana. Uma sentença do Juiz dos Resíduos, datada de 1692-10-09 (f. 68 v.º), refere que a sentença do seu antecessor Manuel Rodrigues Pereira desobrigou esta capela das vinte e seis missas, reduzindo-a a oito missas anuais. Em 1817 breve de componenda de legados pios (f. 75-80 v.º).
BENS VINCULADOS: casa na vila da Calheta, conforme informação do procurador do Resíduo (f. 72). Uma nota na folha 1A, datada de 1765-05-13, informa que o testamento se encontra no tomo 2.º, f. 74 v.º, a que se segue uma escritura onde constam os bens obrigados: uma morada de casas sita na vila da Calheta, que parte pelo norte com a ermida de Nossa Senhora de Monserrate, sul com casas hoje pertencentes a Gaspar de Moura e Vasconcelos, leste com a rua pública e a ribeira da Calheta e oeste com a rocha das Ferreiras. Um requerimento de 1618, de Manuel Homem d’El-Rei, expõe que as casas “estam pêra cair” – à margem, nota de 1736, refere que estas casas estão junto à ermida de Nossa Senhora de Monserrate e hoje pertencem a D. […] da Câmara, mãe de Luís de Albuquerque.
SUCESSÃO: nomeia o marido, depois o sobrinho João Portes e sua mulher Beatriz Afonso e seus filhos e descendentes.
ADMINISTRADOR EM 1592-10-03, data da primeira quitação: Francisco Homem d’El-Rei.
ADMINISTRADOR EM 1595-09-05, data do primeiro auto de conta: a mulher de Francisco Homem d’El-Rei (Clara Afonso, cf. "Genealogias de Famílias Madeirenses", f. 77, título Homens d'El-Rei).
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: João Agostinho Figueiroa Albuquerque e Freitas.
Outras informações do testamento (f. 4-7):
ESCRAVOS: mulata Francisca deixa ao marido em sua vida, depois ficaria forra.

Álvares, Úrsula (flor.1539)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito pelo padre Rodrigo Afonso, vigário de São Gonçalo; aprovado em 1601-08-24 pelo tabelião Pêro Nogueira; aberto em 1604-05-07.
ENCARGOS (ANUAIS): cinco missas nas sextas feira das Quaresma e outras cinco nas principais festas de Nossa Senhora.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: uma tomada de conta de 1841 (f. 102) refere que esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1).
BENS VINCULADOS: não consta.
SUCESSÃO: nomeia sua herdeira universal a irmã Maria Ferreira, mulher do licenciado Manuel de Lemos. Suceder-lhe-ia a filha D. Maria e depois a filha desta, D. Antónia Ferreira.
ADMINISTRADOR EM 1604-05-07, data da primeira quitação (f. 11): o testamenteiro Miguel Ferreira Ribeiro.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros.
Outras informações do testamento (f. 4 a 9 v.º)
IRMÃOS: Manuel da Grã, falecido; Maria Ferreira, mulher do licenciado Manuel de Lemos.
OUTROS PARENTES: tem em sua casa uma «prima com irmã» chamada Bárbara Ferreira.
LITERACIA: não redige mas assina o testamento.
ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em sepultura do pai.
ESCRAVOS: Catarina, escrava preta, a quem deu um chão situado «na boca da rua das Pretas», onde ela fez uma casa; liberta as escravas Maria e Francisca, filhas da dita escrava Catarina, deixando a Maria a sua cama e uma caixa.
DÍVIDAS: decorrentes de uma plantação de canas que fez com Miguel Ferreira Ribeiro; decorrentes de outro serrado de canas que fez com Gonçalo Rodrigues de Canha.
TESTEMUNHAS: João Fernandes, sapateiro; Gonçalo Álvares, alfaiate; António Ferreira, ferreiro; João Carvalho; Gaspar de Miranda, alfaiate; Luís da Costa, trabalhador, todos moradores na cidade do Funchal.

Ferreira, Antónia (d.1604)

Will

Will by which Fernando Martins Freire expresses his wish to be buried in the church of Nossa Senhora da Encarnação of Ameixoeira, and establishes several entails: one for his niece Maria (or Mariana) Freire, daughter of his brother Simão Freire, with an obligation of five masses in the convent of S. Francisco of Lisboa; one for his niece Luísa da Cunha, his brother's stepdaughter, with the obligation of twelve masses in the same convent; one for Simão Freire, his brother, with 8 600 reis of masses, which will be bequeathed to his heirs. If one of his nieces dies without descendants, their entails shall be bequeathed to the other one. If they both die without descendants, they will be bequeathed to their father, Simão Freire, and afterwards to the confraria of Santíssimo Sacramento of the church of Nossa Senhora da Encarnação of Ameixoeira. He also donates lands to Ana Machado, wife of João Fernandes, and to Manuel Fernandes, with obligations of masses for his soul in the church of Nossa Senhora da Encarnação of Ameixoeira.

Freire, Fernando Martins (flor.1625)

Will

Will made by Sebastião Lopes Biscaia, in which he ordered, among other dispositions, the foundation of a chapel with a perpetual pious obligation of three masses celebrated every year in Gáfete. The institutor named padre António Dias Biscaia, his brother, as first administrator during his lifetime and, after his death, he would be succeeded by padre António Feio, also during his lifetime. After his death, he would be succeeded by padre António Dias Biscaia, son of Mateus Fernandes, during his lifetime. After his death, it should go to the clergyman's nearest relative of the founder, in his father's line.

Biscaia, Sebastião Lopes (flor.1673)

Will

Will by which Maria Pestana de Brito founded two entails. The first one was composed of income from a farm in Cabeça de Mouro, Portalegre, and income paid in Assumar. She bequeathed it to her brother, Martinho Vaz Castelo Branco, and to his descendants, with an obligation of five annual masses in a church in Portalegre. The second one was composed of properties in Portalegre and she bequeathed it to her cousin, Pedro Caldeira de Castelo Branco, and to his descendants, with an obligation of two annual masses in a church in Portalegre. Maria Pestana de Brito also declared that her sisters, Madres Luísa Batista and Francisca dos Serafins, and her cousin Francisca Pestana de Brito, if she professed at the convent of Santa Clara of Portalegre, would have the usufruct of the entails' incomes during their lives.

Castelo Branco, Martinho Vaz (flor.1635)

Will

Will by which Maria Pestana de Brito founded two entails. The first one was composed of income from a farm in Cabeça de Mouro, Portalegre, and income paid in Assumar. She bequeathed it to her brother, Martinho Vaz Castelo Branco, and to his descendants, with an obligation of five annual masses in a church in Portalegre. The second one was composed of properties in Portalegre and she bequeathed it to her cousin, Pedro Caldeira de Castelo Branco, and to his descendants, with an obligation of two annual masses in a church in Portalegre. Maria Pestana de Brito also declared that her sisters, Madres Luísa Batista and Francisca dos Serafins, and her cousin Francisca Pestana de Brito, if she professed at the convent of Santa Clara of Portalegre, would have the usufruct of the entails' incomes during their lives.

Castelo Branco, Pedro Caldeira de (flor.1635)

Will

Will through which Ana Luís Sá, Brás Eanes' widow, establishes an entail with her lands in Carregueira, Loures, with the pious obligation of one mass celebrated, each year, in the church of Santa Maria de Loures. She appoints Maria da Costa, Francisco Lopes and Inês Vicente's daughter, her late husband's niece, to be the entail's first administrator. After her death, it would be inherited by her eldest son or daughter.
Ana Luís Sá also entails houses in Lisboa and properties in the outskirts of Sintra to the entail she and her late husband had established in their will, issued on 1553. She appoints Ana Luís, her niece, João Luís' daughter, to be the next administrator of that entail and obligates her to celebrate more masses for her soul in the church of the convent of S. Domingos of Lisboa.

Sá, Ana Luís (flor.1569)

Will

Will made by Aires Tinoco, in which he ordered, among other dispositions, the foundation of an entail with a perpetual pious obligation of five masses celebrated every year in Arronches. The institutor named Fernando Soares, his son, as first administrator during his lifetime and, after his death, he would be succeeded by the legitimate son of his choice. If he had already died, or had no legitimate children to succeed him, the institutor appointed Aires, his grandson, son of João Cid and Isabel Soares, as administrator of the entail.

Tinoco, Aires (flor.1533)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1611-09-20; aberto em 1618. Tabelião: Manuel da Silva Pereira.
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa na igreja de Nossa Senhora do Calhau. Em 1803 (f. 59-62 v.º) breve de composição de encargos pios.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: de acordo com declaração do encarregado do cartório, José Maria Rodrigues, datada de 1833 (última folha) as capelas deste administrador foram reduzidas a 20.000 réis pagos ao Seminário desta província, constando a sentença de redução dos autos da capela de Francisco D'Arja Teixeira.
BENS VINCULADOS: terça dos bens imposta em terras no Caminho do Meio (nota na folha de rosto dos autos). Em 1813-08-02 (f. 65) procede-se ao sequestro das novidades da fazenda desta capela no sítio da Boavista, freguesia de Nossa Senhora do Calhau, administrada por Pedro Agostinho Teixeira de Vasconcelos.
SUCESSÃO: deixa os seus bens à sobrinha Madalena de Andrade e, após a sua morte, institui vínculo de morgado nos bens de raiz, podendo nomear qualquer uma das suas filhas. Estabelece uma sucessão por via feminina «ellas sejão sempre as nomeadas havendo-as».
ADMINISTRADOR EM 1625 (data da primeira quitação f. 15): a sobrinha D. Madalena de Andrade, viúva de Cosme de Ornelas.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro Agostinho Teixeira de Vasconcelos.
Outras informações do testamento (f. 3 a 8):
ENTERRAMENTO: convento de São Francisco.
LEGADOS: ao sobrinho António Mendes, filho de Cosme de Ornelas e de Madalena de Andrade, deixa uma bacia de prata, uma cadeira de espaldar; a Beatriz Dias deixa uma caixa; a Isabel Dias, irmã de Beatriz Dias, lega todo o vestido que possui, a saber: saio, saia, manto.
ESCRAVOS: deixa o mulato Cosme ao sobrinho António Mendes; a negrinha Maria deixa à sobrinha Catarina Parda, filho do dito Cosme de Ornelas.
TESTEMUNHAS: Lourenço de Matos; Mateus Fernandes de Aguiar, lavrador; Roque Delgado, sapateiro; Simão Rodrigues e Gabriel Jorge, mareantes; Diogo Ferreira, ourives, moradores na cidade do Funchal.

Canha, Leonor Rodrigues de (d.1618)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum aprovado em 1651-02-04 pelo tabelião Manuel Ribeiro; Abertura em 1651-02-06.
ENCARGOS (ANUAIS): três missas no altar do Bom Jesus da Sé do Funchal. Em 1803 (f. não identificada) breve de composição de missas alcançado pelo administrador.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: de acordo com declaração do encarregado do cartório, José Maria Rodrigues, datada de 1833 (última folha) as capelas deste administrador foram reduzidas a 20.000 réis pagos ao Seminário desta província, constando a sentença de redução dos autos da capela de Francisco d'Arja Teixeira.
BENS VINCULADOS: terça dos bens imposta numa fazenda na Ribeira de Santa Luzia. Uma nota, sem data, na f. 1 refere que esta fazenda foi comprada por Diogo Drumond de Vasconcelos.
SUCESSÃO: nomeia o marido, depois a sobrinha Maria de Florença, filha de sua irmã Beatriz Nunes, e seus filhos, macho ou fêmea. Se não tivesse filhos, sucederia Joana de Andrade, irmã da referida sobrinha e herdeira.
Já a parte dos bens do marido ficaria à irmã, D. Joana.
OUTROS BENS VINCULADOS: possui a terça do bisavô João Lopes Queirós, impostas numas casas sobradadas na rua do Sabão, que herdou de sua sobrinha D. Joana de Andrade.
PRIMEIRO ADMINISTRADOR: o referido marido, que presta contas da 1.ª quitação em 1651-02-09.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Pedro Agostinho Teixeira de Vasconcelos.
Outras informações do testamento (f. 2 a 5):
ENTERRAMENTO: convento de São Francisco.
PROPRIEDADES: dois pedacinhos de fazenda na Ponta do Sol; casas na rua dos Tanoeiros; fazenda no Pico do Cardo.
TESTEMUNHAS: João de Bettencourt Correia; Licenciado Manuel Rabelo; Manuel de Sá; Henrique de Bettencourt Correia; Manuel Rodrigues, sapateiro; Bernardo Rodrigues; Luís Meireles de Gamboa.

Florença, Maria de (d.1651)

Will

Will made by Joana Gonçalves, in which she ordered, among other dispositions, the foundation of a chapel with a perpetual pious obligation of five masses celebrated every year in Portalegre. The institutor named Maria, her niece, daughter of José Pereira, as first administrator during her lifetime and, after her death, she would be succeeded by her eldest male son.
Joana Gonçalves entails another olive grove, located on the Caminho de Arronches, on the outskirts of Portalegre, also with a perpetual pious obligation of five masses celebrated every year. The institutor named Maria Martins, her sister, as first administrator during her lifetime and, after her death, she would be succeeded by Maria, daughter of José Pereira.

Maria (flor.1631)

Will

Will made by Francisco Martins, in which he ordered, among other dispositions, the foundation of a chapel with a perpetual pious obligation of seventeen masses celebrated every year in Arronches. The institutor named António, his nephew, as first administrator during his lifetime and, after his death, he would be succeeded by his eldest male son.

Martins, Francisco (flor.1607)

Will

Will by António Alves, cavaleiro fidalgo da Casa do rei and his Guarda Resposta, and Francisca Cordovil, his wife, through which they founded an entail with their property (casal) located in the outskirts of the village of Pavia, instituting the pious obligation of sixteen annual masses (two of them chanted) to be celebrated in the convent of S. Domingos of Lisboa. The surviving spouse should inherit and administer the entail, and should be replaced by their daughter, Maria Cordovil, after his/her death or Maria's marriage. They chose to be buried in the grave where already lied their son, Francisco Cordovil, in the said monastery. Contains an approval deed issued on 1571-04-24, and an opening deed issued on 1581-06-06.

Alves, António (flor.1566)

Will

Will by which Antónia Correia, Pedro Lourenço de Melo's widow, establishes an entail with her farmstead (quinta) located in Oeiras, instituting the pious obligation of celebrating 30 annual masses in the church of the convent of S. Domingos of Lisboa. She appoints her niece, Guiomar Correia, to be its first administrator. The testator declares that her remains should be buried in that church, next to her mother.

Correia, Antónia (flor.1538)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2-10; f. 364-386) aprovado em 1624-08-18 pelo tabelião público de notas Jerónimo Cordeiro Sampaio, aberto em 1624-09-05. Traslados s.d.
ENCARGOS (ANUAIS): 2000 réis à Confraria do Santíssimo Sacramento de São Pedro, para ajuda de cera do sepulcro, pagos à sexta-feira de Endoenças; uma missa semanal, três missas de Natal, trinta missas rezadas e uma cantada e ofertada em dia de Finados com responso sobre sua sepultura, celebradas no convento de São Francisco do Funchal.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença de redução de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1818-11-28 (f. 420 v.º-422), reduz esta capela então administrada por D. Joana Francisca de Ornelas a apenas 2000 réis anuais à Confraria do Santíssimo Sacramento de São Pedro, por se considerar, entre outros itens, que a administradora e seus antecessores não possuíam o foro do Arco mencionado no testamento de Leonardo de Ornelas Travassos. Os administradores também obtiveram da Santa Sé componendas de composição de missas: Baltazar de Ornelas de Magalhães em 1771-12-03 e 1779-04-23 ficou liberto de cumprir 667 missas de dezassete anos (f. 309-313); e D. Joana Francisca de Ornelas obteve um breve de composição de missas em 1819-06-25 (f. 331-337).
BENS DO VÍNCULO: vincula em regime de morgadio («faço morgado») todos os seus bens de raiz, a saber: a fazenda da Pena, dos Piornais (serrados da Forja e da Corujeira, entre outros), da Calheta e as casas do Funchal e propriedades anexas, um moio e quarenta e cinco alqueires de trigo que tem no Arco (caso este foro se «rima ou tire», comprar-se-ia uma propriedade para juntar ao morgado). Estes bens nunca se poderiam alhear, nem aforar «em nenhum tempo do mundo» (f. 6 v.º-7). A posse dos bens, ocorrida em 1624-09-07, exclui o foro do Arco (f. 10 v.º-13 v.º). Em documentos posteriores, situa-se as casas e serrado do Funchal no Beco dos Aranhas; quanto à fazenda da Pena, Santa Luzia, apenas um auto de arrematação, de 1750-04-20 (f. 180), refere o sítio da Palmeira. Por escritura lavrada em 1849-08-14, procedeu-se à sub-rogação de um pedaço de terra sito na rua dos Aranhas, Freguesia de São Pedro, pertencente à capela de Leonardo de Ornelas Travassos, por igual valor numa casa de lagar livre na Quinta vinculada do administrador no sítio da Pena, Freguesia de Santa Luzia (verba declaratória, f. 448-448 v.º).
SUCESSÃO: nomeia o sobrinho Pedro de Ornelas, na condição de casar dentro de um ano; suceder-lhe-ia «o filho macho legítimo e andara sempre em sua descendência por linha masculina», não tendo filho herdaria uma filha «com a mesma sucessão de macho»; não casando ou tendo filhos, o morgado passaria ao sobrinho António Mendo de Ornelas, seguindo a mesma forma de sucessão, e com a obrigação de perpetuar o sobrenome Ornelas e engradecer o vínculo com os respetivas terças («obrigasam de todos hos que sucederem neste meu morgado se chamarem “Dornellas” e anexarem has suas terças»); não tendo este último sobrinho filhos, herdaria o morgado o parente mais chegado do último possuidor «e em igual grão precedera sempre o macho a femea» (f. 7).
OUTROS VÍNCULOS: institui outro vínculo de capela com encargo de uma missa ao Bom Jesus da Ponta Delgada, imposta em mil réis de renda do foro prometido por Salvado Forte do Tanque, os quais deixa para ajuda do gasto de desenterrar todos os anos o Senhor na Ponta Delgada (f. 9).
ADMINISTRADOR EM 1628-10-24, data da primeira quitação: o sobrinho e primeiro nomeado, Pedro de Ornelas Travassos, que morreria em maio de 1632 (f. 60), sucedendo-lhe António Mendo de Ornelas. OUTROS ADMINISTRADORES: em 1650 já é administrador o sobrinho padre Manuel de Ornelas de Andrade (f. 85), seguindo-se seu cunhado Rui Dias de Aguiar, por lhe dotar a fazenda, o qual em 1652 já recebe quitações (f. 93). Em 1701 presta contas Diogo de França de Ornelas (f. 111) e em 1706 D. Maria de Amil de Ornelas (f. 114). Em 1714 (f. 118 v.º) presta contas António Vogado, como administrador do morgado de Luís de Ornelas Magalhães, morador em Pernambuco, sendo que em 1736 (f. 134) já presta contas Domingos da Silva de Carvalho, por morar nos aposentos e casas no Beco dos Aranhas, pertencentes ao aludido morgado Luís de Ornelas de Magalhães; sucede-lhe Baltazar de Ornelas Magalhães, Pedro José de Ornelas Magalhães e D. Joana Francisca de Ornelas.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Pedro José de Ornelas, filho de Pedro Cipriano de Ornelas.
Outras informações do testamento (f. 2-10; f. 364-386):
O testador encontrava-se doente, na enfermaria do convento de São Francisco do Funchal.
Para cumprimento dos legados e obrigações, o instituidor deixa 141.000 réis e ordena a venda de todos os móveis (fora os que não dispôs em particular neste testamento), escravos, mulas e gado, bem como das novidades de trigo e açúcar desse ano e metade do ano seguinte.
TESTAMENTEIROS: padre Álvaro Vaz da Corte, coadjuvado pelo herdeiro Pedro de Ornelas Travassos; ao referido padre deixa uma cadeia de ouro que traz num relicário e duas arrobas de açúcar branco.
ENTERRAMENTO: no capítulo novo do convento de São Francisco do Funchal, defronte da porta do mesmo capítulo, numa sepultura em que os herdeiros colocarão uma campa de pedra lavrada, com seis palmos de largura e dez de comprimento e com o letreiro «sepultura de Lionardo d’Ornelas Travassos».
LEGADOS/VESTES/ROUPA DE CASA/MÓVEIS: deixa mil réis de esmola a casa pobre doente de São Lázaro; 1000 réis a Isabel Dias, mulher pobre moradora em Santa Catarina; um manto novo ou o seu valor a Simoa Dias e irmã; 10.000 réis para um vestido a Matias César; 2000 réis para uma capa, legados a Paulo de Freitas; um manto de sarja ou o seu valor ao padre frei Manuel da Cruz, para uma pobre que ele sabia; 6000 réis a Catarina Correia, filha de João de Olival; a António Fernandes “o Papa Terra”, morador na Ponta Delgada, deixa o terço que lhe paga de uma vinha naquele lugar, as vacas que trazia do instituidor e sua criação, as cabras, mais um cobertor vermelho, um travesseiro, uma almofada, dois lençóis, o serviço de cozinha que tem na Ponta Delgada, e um manto novo de sarja, tudo isto para ajuda de casar uma filha; a Pedro Gomes de Castro deixa a casa da Ponta Delgada, com horta e estrebaria, com dois catres e um arcaz; a António Gonçalves da Falca deixa um colchão, dois lençóis, uma fronha e roupa, isto para ajuda de casar uma filha; deixa-lhe ainda uma vaca das cinco que possui e o seu vestido pardo que o testador levava para trás da Ilha; lega 10.000 réis à órfã Isabel, filha de Manuel Gomes, casando-se; outros 8000 réis à órfã filha de Domingos Gomes, também se casando; à viúva Isabel Fernandes, filha do Magro, deixa 8000 réis, casando alguma filha; deixa às primas freiras no mosteiro, em sua vida, 2000 réis anuais procedentes de um foro na Calheta; deixa às seguintes pessoas uma saia de «grizea» ou Covilhã: à mulher de Domingos Gomes; a Catarina Fernandes; à mulher de André Martins; à mulher do “Anjo”; a Maria de Góis; à mulher do Ribeiro; à mulher de Francisco Lopes, que foi seu canavieiro.
Deixa ao herdeiro Pedro de Ornelas um escravo à sua escolha, um catre da Índia, de preto e ouro, e uma catana de prata; a Aleixos Gil, padre de São Jorge, deixa um farregoulo azul para o frio da ribeira do Inverno; deixa aos frades de São Francisco doze dúzias de taboados procedentes de uma serra de água que tem arrendada a Pêro Rodrigues na Ribeira de São Jorge, por vinte cruzados anuais, legado com efeito durante os nove anos de arrendamento; ao irmão Martim de Ornelas lega duas juntas de bois do gado que possui na Ponta do Sol, e renuncia a uma doação de uma fazenda que a mulher deste, Isabel de Sá, lhe fizera.
ENFERMARIA DO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO: deixa o colchão onde o testador estava deitado, seis lençóis, seis camisas, travesseiro e colcha branca, mais 4000 réis para a reforma da enfermaria.
CRIADO: ao criado Gaspar Gonçalves, pela afeição que sempre lhe teve, pelos serviços prestados e por saber «a pouqua industria que tem para se remediar» (f. 5), deixa: 1000 réis de seis em seis meses; a casa onde mora enquanto for vivo; recomenda ao herdeiro que lhe dê de vestir «como eu ho trouxe sempre», cama e o sustente «com a rassão ordinária», na saúde e na doença, e quando morresse o mandasse enterrar com o hábito de São Francisco.
ESCRAVOS: deixa 40.000 réis à mulatinha forra Maria, que criou, mas apenas quando tivesse idade para servir as freiras, entretanto o herdeiro a repararia do necessário; determina que o escravo António “Giba” aprenda o ofício de alfaiate, devendo o herdeiro oprimi-lo e obriga-lo para que fosse oficial, só então seria liberto («o apremara e obrigara a ysso») (f. 5); determina que o mulatinho forro Henrique aprenda o ofício de marinheiro e que o herdeiro o repare enquanto não ganhar para isso; e querendo-se «levantar marinheiro», o herdeiro dar-lhe-ia 10.000 réis para o gasto, porém, se nesse meio tempo fugisse ou não quisesse, o herdeiro o apremaria e castigaria e o obrigaria «por justisa», se necessário, para que fosse marinheiro.
ESCULTURA: D. Maria Esmeraldo, falecida mulher do testador, determinou em seu testamento que se pagasse o vulto da rainha Santa Isabel.
JUSTIÇA: teve uma sentença contra o caixeiro Manuel Gomes, de vinte e tantos mil réis, relativa a duas tigelinhas de prata que a sua mulher lhe emprestara; manda que o herdeiro corra com a demanda da Quinta da Madalena.
BENS DA TERÇA DE D. FILIPA DE PERADA, mulher de João Rodrigues de Freitas, herdada pelo instituidor: 70 (?) alqueires de trigo na Calheta, que foram vendidos, tendo o instituidor e o viúvo recebido a sua parte; lugar que chamam de Manuel “Palas”, de que o viúvo lhe vendera a sua parte; serrado acima de Santa Luzia, de que o instituidor «largou» a sua parte em desconto de um quinhão das casas onde mora; casas de dois sobrados acima de Nossa Senhora do Calhau, entretanto levadas pelas cheias das ribeiras, restando apenas os chãos; serradinho ao longo da Ribeira de São Lázaro, por partir; ESCRAVA negra Isabel, avaliada em 40.000 réis.
DÍVIDAS: perdoa a Rafael Gomes, homiziado, a dívida de 4000 réis que por ele pagara ao mercador António Vaz.
LITERACIA: sabe ler e escrever, assina o testamento.
TESTEMUNHAS: padre António Coelho da Corte; Martim Vaz de Cairos; Diogo Pereira, estudante; João de Morim, barbeiro; Manuel Brás, moleiro; Francisco Afonso, sapateiro; Manuel Rodrigues, criado do arcediago, todos moradores na cidade do Funchal.
Outros documentos: Vd. descrições dos documentos simples associados ao registo.

Travassos, Leonardo de Ornelas (d.1624)

Will

Capela de Maior Lourença de Ornelas, viúva de Manuel de França Andrade, instituída em 1603-06-18, com encargo de vinte e uma missas anuais, imposto nas seguintes propriedades: nos aposentos onde vive e no serrado da Pena, ao longo da Rocha, com as pensões de dez e cinco missas, respetivamente, que lega à sua sobrinha Joana de Ornelas, filha de seu irmão Martim de Ornelas, e mulher de Martim Gomes Valdavesso; o serrado de canas acima do "Serrado do Pé da Rocha" e sua água sujeito a três missas, que deixa a seu sobrinho Pedro de Ornelas, filho de Martim de Ornelas; outra propriedade legada a Martim de Ornelas com obrigação de uma missa, que por seu falecimento passaria ao irmão Leonardo de Ornelas com pensão de três missas anuais.
Um documento de 1818 refere que o administrador Pedro José de Ornelas possui apenas o Serrado da Pena e não detém as outras fazendas da capela de Mor Lourenço.
A sentença pronunciada em 1818.11.28 reduz esta capela a três missas anuais, atendendo que o administrador não possui o Serrado "o Pé da Rocha". O testamento refere escravos.
Primeiro e último administradores: Martim Gomes Valdavesso e Pedro Cipriano de Ornelas.

Outras observações:
O processo contém:
Um instrumento, datado de 1604-11-22 em que Martim Gomes Valdavesso toma posse dos aposentos, casas e pomar da falecida Mor Lourenço, do Serrado da Pena e de outro arrendado a Diogo Gonçalves;
O Traslado do testamento de Leonardo de Ornelas, irmão da instituidora e uns autos, datados de 1624-09-07 da posse de umas propriedades do dito defunto;
Documento relativo à redução da capela. A capela de Leonardo de Ornelas possuía cota atual cx. nº 5.

Ornelas, Maior Lourença de (flor.1603)

Will

Capela do Padre Francisco Pacheco de Abreu instituída 1690-10-28 com encargo de um missa anual em dia dos Finados, imposto nas seguintes propriedade: a fazenda da Malvasia, uma courela de canas no Serradinho e uma casas, tudo em Câmara de Lobos; umas casas e fazendas, na Tabua, e outra casa na Carreira. O testamento refere uma escrava.
Primeiro e último administradores: seu irmão Capitão António Vogado Souto Maior e João Paulo Esmeraldo Henriques Vogado.
Administrador em 1838 (índice): Francisco Jacinto Esmeraldo.
Observações:
Contém documentos respeitantes à redução da capela.

Abreu, Francisco Pacheco de (flor.1690)

Will

Capela instituída em 1691-03-04 por Luís Esmeraldo de Atouguia e sua mulher D. Isabel Esmeraldo, fundadores da Quinta e ermida do Desterro de Jesus Maria José, no sítio de Água de Mel. Encargos: missas dos Domingos e Dias Santos na referida ermida, azeite para a lâmpada do Santíssimo Sacramento da Ponta do Sol, um ofício de nove lições e seis missas anuais celebradas pelos religiosos do Convento de São Bernardino. O documento "Pagamento da terça da defunta" identifica os bens desta capela e menciona que foram demarcados da Quinta do Desterro duzentos e setenta e oito mil, seiscentos e quarenta e seis réis para satisfação da terça da instituidora e três mil mil, quatrocentos e cinquenta e seis réis mil, quinhentos e seis réis para a terça do instituidor.
Primeiro e último administrador: seu filho João Esmeraldo e Paulo Esmeraldo Henriques Vogado.
Aministrador em 1838 (índice): Francisco Jacinto Esmeraldo.
Observações: o codicilo do instituidor, aprovado em 1694-04-09; o traslado de parte do inventário dos bens de D. Isabel Esmeraldo; uns embargos interpostos em 1749 por Francisco Esmeraldo Bettencourt Henriques; contém documentos respeitantes à redução da capela.

Atouguia, Luís Esmeraldo de (flor.1691)

Will

Capela instituída em 1500-01-09 por João Vaz, escudeiro d'El Rei, morador na ilha da Madeira, na Ribeira de Tabua, onde erigira a Igreja da Santíssima Trindade.
Encargos: cinco missas rezadas na referida Igreja.
O testamento referencia escravos.
Primeiro e último administradores: sua mulher Violante Fernandes e seu filho João de Medeiros; João Paulo Esmeraldo Bettencourt Vogado.
Administrador em 1838 (índice): Francisco Jacinto Esmeraldo.
Observações:
As quitações e tomadas de contas ao longo do processo referem o encargos de cinco missas anuais, embora o testamento estabeleça a pensão e uma missa diária e quatro cantadas.
Contém documentos respeitantes à redução da capela.

Vaz, João (flor.1493-1500)

Will

Capela de Filipa Dias, viúva de João Manuel, instituída em 16(03)-10-02, com encargo de uma missa anual a Nossa Senhora da Encarnação, imposto numa vinha denominada o "Bacelo".
Primeiro e último administradores: seu filho Matias Gil e o morgado João António de Gouveia Rego.
Observações: o testamento é o original.

Dias, Filipa (flor.1603)

Will

Capela de Domingos de Braga, marido de Beatriz Nunes, instituída em 1569-04-30 com encargo de duas missas e meia rezadas e uma cantada no Convento de São Francisco. O testamento de mão comum refere vários escravos. Testamenteira: sua mulher. Herdeira: sua sobrinha Beatriz, filha de João Nunes e de Guiomar Ferreira. Último administrador: o morgado Henrique João Ferreira Drumond.
Observações:
O encargo de cinco missas rezadas e duas cantadas, fixado no testamento de mão de comum, é dividido pela metade e as capelas dos instituidores que seguem um diferente ramo de administração ficaram sujeitas a duas missas e meia rezadas e uma cantada, respetivamente. Em 1624 a metade da propriedade relativa à capela de Beatriz Nunes - que possui a cota atual cx. 22 nº 7 - está arrendada a António Nunes de Azevedo e a outra metade de Domingos de Braga a Francisco de Lima, o velho.

Braga, Domingos de (flor.1569)

Will

Capela de António Lopes, escrivão do judicial no Funchal, instituída em 1609-10-17 com encargo de uma missa cantada em dia de Finados, imposto nas suas casas do Funchal, no escravo Simão e em parte da propriedade “Água de Mel”, em Santo António, melhor identificada no Auto de Sequestro, executado em 1801-02-21.
Primeiro e último administradores: sua mulher Margarida Ferreira com a condição de não casar, e António José Spínola de Carvalho e Valdavesso.

Lopes, António (flor.1609)

Will

Capela do Dr. Luís Spínola, tesoureiro-mor da Sé do Funchal, instituída em 1637-09-01 com encargo de duas missas anuais, imposto num lugar de vinhas acima da Igreja de São Tiago.
O documento de sub-rogação da capela, datado de 1837-02-28, refere que as duas fazendas deste vínculo nos Louros, em São Gonçalo, e avaliados em seiscentos e quarenta e seis escudos e cento e vinte centavos, foram substituídas por uma terra livre no sítio de Santa Catarina em Santa Cruz, no valor de um conto, cento e vinte mil escudos.
Primeiro e último administradores: sua sobrinha D. Teodora Spínola e o morgado António José Spínola.
Observações:
Contém documentos respeitantes à redução da capela.

Spínola, Luís (flor.1637)

Will

Will by which Isabel de Castro, Rodrigo Álvares Pereira's widow, establishes an entail with her farmstead (quinta) of Ameias, in Cruz de Almada, in Lisboa, and lands (casal) near Ribeira de Lopo, in the outskirts of that city. She appoints Maria de Abreu, her relative, to be its first administrator, obligating her and her successors to celebrate masses for her soul in the church of the convent of S. Domingos of Lisboa. After Maria's death, the entail should be inherited by Afonso de Abreu, cavaleiro fidalgo da Casa do rei, her brother. She declares that her mortal remains should be buried in that church, next to the chapel of Jesus.

Castro, Isabel de (flor.1560)

Will

Capela de Catarina Luís, mulher de Sebastião Pires, mercador instituída em 15(73)-(...)-(04) com encargo de uma missa rezada em dia de Finados por alma de seu primeiro marido, ofertada com vinte réis de pão e uma canada de vinho, e outra por sua intenção com oferta de cinquenta réis à Confraria das Almas da Igreja de Nossa Senhora do Calhau, e mais uma missa celebrada na Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
O testamento refere dois escravos.
Herdeiro: seu sobrinho Francisco de Teives e mulher.
Último administrador: Teresa de Campos Soares.

Luís, Catarina (flor.1573)

Will

Will by which Luís Leitão de Meireles and D. Lucrécia de Avelar, his wife, establish an entail with the third part of their assets, including houses in Lisboa and lands (casal) in S. Domingos de Rana, with the obligation of celebrating masses for their souls in the church of the convent of S. Domingos of Lisboa. After the death of one of them, the surviving spouse should become its first administrator. He/she would be succeeded by D. Filipa Lobo, their daughter. They instruct their heirs that their bodies should be buried inside that church.

Meireles, Luís Leitão de (flor.1625)

Will

Capela instituída por João Nunes com encargo de mil e duzentos réis anuais para missas celebradas no Convento de São Francisco. Encargo imposto sobre umas casas na rua do Mosteiro Novo, que deixou em património ao cónego Francisco Dias de Gouveia, conforme consta da folha de rosto e do testamento do dito Cónego, aprovado em 1642-05-07. Este nomeia D. Catarina da Câmara, filha de Nicolau Mendes de Vasconcelos, na administração da referida casa.
O testamento menciona escravos.
Em 1796 é citado António Rodrigues de Araújo como então proprietário da casa obrigada, que fora de Manuel Teixeira e comprara a Francisco Xavier da Silva e mulher Maria Joaquina.
Primeiro e último administradores: Cónego Francisco Dias de Gouveia e João Aniceto de Sá Bettencourt.
Observações:
O processo não contém o instrumento de instituição da capela mas do testamento do Cónego Francisco Dias de Gouveia; na fl. 4 vº, consta o referido dote de património e encargo.

Nunes, João (flor.1642)

Will

Capela de Aleixo Rodrigues, instituída em 1566-02-01 com encargo de uma missa anual no dia de Finados.
Encargo imposto numa fazenda no Arco da Calheta, no pé do Lombo da Achada das Moças, no sítio da Ribeira do Fragueiro, que segundo o Termo de Juramento, feito em 1779-11-06, partia pelo Norte com os herdeiros de Manuel Fernandes e o capitão João Rodrigues (Garcês), sul com a fazenda que pertencia a Cristóvão Agrela, Leste com a Ribeira e Oeste com o Lombo e Caminho do Concelho.
O testamento refere que o instituidor tinha dois irmãos - António e Margarida Rodrigues, moradores na cidade de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel.
Primeiro e último administradores: sua mulher (Catarina) Simoa e António Vieira de Sousa.
Administrador em 1838 (índice): João Mendes da Silva.
Observações:
Contém um traslado do testamento de António Gonçalves, marido de Maria Fernandes, aprovado em 16(3)7.

Rodrigues, Aleixo (flor.1566)

Will

Capela de D. Bárbara Osório, viúva de António d’Utra Corte Real, instituída em 1669-04-24 , com encargo de uma missa anual, administrado por D. Beatriz, filha de Francisco Gomes, imposto numa fazenda no sítio do Castanheiro.
Instituiu outros vínculos:

  • Um com encargo de duas missas semanais no altar de Nossa Senhora da Conceição do Convento de São Bernardino, uma rezada nos Domingos e Dias Santos e uma cantada com pregação no dia da sua festa. Encargo este imposto sobre os seus aposentos com casas sobradadas, térreas, fazendas de vinha e árvores de fruto no sítio do Salão, em Câmara de Lobos;
  • Outro imposto numas casas na rua de S. Bartolomeu do Funchal que deixou às filhas de Álvaro de Ornelas de Moura da Calheta, com encargo de duas missas anuais;
  • Um administrado por D. Isabel, filha de Francisco Gomes, está vinculado a umas terras nos Barreiros que foram de Catarina Galharda e tinham uma pensão de nove missas anuais;
  • Um quinto imposto numa fazenda na Fajã da Gata, que deixou a Gonçalo Dias com obrigação de duas missas;
  • O sexto administrado por Maria Fernandes, mulher de Manuel Gonçalves, vinculado a uma fazenda do Covão com um foro de 10 tostões à Confraria do Santíssimo Sacramento de Câmara de Lobos;
  • O sétimo imposto numa fazenda no Estreito, com uma pensão não mencionada.

Contém o auto de posse dos aposentos do Salão dada ao administrador Sebastião Gonçalves em 1669-07-26; o auto de medição dos bens de morgado e capela da instituidora feito em 1670-03-17.

Osório, Bárbara (flor. 1669)

Will

Capela de Maria Fernandes, viúva de Baltazar Martins, instituída em 1648-12-16, com encargo de duas missas anuais, imposta numa metade do lugar na Ribeira da Serra d’Água, administrada pelo seu escravo Miguel, e que na falta de descendentes passaria ao capitão Gaspar Homem d’El Rei.
O testamento refere vestes e jóias – quinze contas de ouro no valor de 2.000 réis.
Primeiro e último administradores: seu cunhado António Pires Jardim e Francisco Januário da Silva.
Observações:
Instituiu outro vínculo com encargo de duas missas anuais, imposto numa casa de telha sobradada na Serra d’Água, que deixou ao cunhado António Pires Jardim, marido de Joana Fernandes, e depois ao escravo Miguel, e por falecimento deste ficaria ao capitão Gaspar Homem d’ El Rei; e outro com encargo de duas missas anuais, imposto na outra metade de um lugar na Ribeira da Serra d’Água, que deixou a uma sobrinha casada com Pedro de Brito.
Doou ainda 15.000 réis à Misericórdia com obrigação de uma missa anual.
Existem nestes autos algumas quitações que indicam que estas capelas fora, a dada altura, satisfeitas pelos seus administradores, embora se tomem apenas contas das duas missas ligadas à casa da Serra d’Água.
O termo de juramento, feito em 1779-10-16, refere que metade desta casa estava destruída, “por lhe levar a Ribeira um bocado”, e partia pelo Norte com a rocha, Sul com o armazém de D. Guiomar Madalena, Leste com a Ribeira e Oeste com outro armazém do casal de João José de Vasconcelos.
Contém dois autos de sequestro da dita casa, executados em 1733-10-06 e 1820-07-18.

Fernandes, Maria (flor.1648)

Will

Capela de Maria Fernandes, viúva de Baltazar Martins, instituída em 1648-12-16, com encargo de duas missas anuais, imposto na metade de um lugar na Ribeira da Serra d’Água, que deixou a uma sobrinha casada com Pedro de Brito.
O testamento refere vestes e jóias – quinze contas de ouro no valor de 2.000 réis.
Primeiro e último administradores: seu cunhado António Pires Jardim e Francisco Januário da Silva.
Observações:
Instituiu outros vínculos, um com encargo de duas missas anuais, imposto numa casa de telha sobradada na Serra d’Água, que deixou ao cunhado António Pires Jardim, marido de Joana Fernandes, e depois ao escravo Miguel, e por falecimento deste ficaria ao capitão Gaspar Homem d’ El Rei.; e outro com o encargo de duas missas anuais, imposto na outra metade do dito lugar, administrado pelo seu escravo Miguel, e que na falta de descendentes passaria ao capitão Gaspar Homem d’El Rei.
Doou ainda 15.000 réis à Misericórdia com obrigação de uma missa anual.
Existem nestes autos algumas quitações que indicam que estas capelas fora, a dada altura, satisfeitas pelos seus administradores, embora se tomem apenas contas das duas missas ligadas à casa da Serra d’Água.
O termo de juramento, feito em 1779-10-16, refere que metade desta casa estava destruída, “por lhe levar a Ribeira um bocado”, e partia pelo Norte com a rocha, Sul com o armazém de D. Guiomar Madalena, Leste com a Ribeira e Oeste com outro armazém do casal de João José de Vasconcelos.
Contém dois autos de sequestro da dita casa, executados em 1733-10-06 e 1820-07-18.

Fernandes, Maria (flor.1648)

Will

Capela de Manuel de Florença e Abreu (viúvo de Maria de Florença), instituída em 1665-06-02 com os seguintes encargos perpétuos: à ermida de Nossa Senhora das Mercês um saco de trigo com obrigação de uma missa anual; deixou a quarta parte dos seus aposentos aos irmãos João de Florença e Pedro de Florença com encargo de seis missas anuais; a outra parte que deixou a Maria de Aguiar, filha de António de Florença e de Beatriz do Loreto também tem a mesma pensão; um pedaço de terra na “Chadinha”, que parte com o Padre Miguel Ferreira com a obrigação de uma missa anual; às filhas de António de Azevedo de Florença a quarta parte da terra que fora de Brás Fernandes com a pensão de uma missa em cada ano; a metade de uma fazenda que deixou às filhas de Rafael Esteves também com a obrigação de uma missa anual; um foro de uma galinha e mil reis anuais pagos pelos herdeiros de António Álvares com a obrigação de se fazer a festa de Santo Amaro na Senhora das Mercês; do foro pago pela mulher de Martim Vieira mil réis serão aplicados anualmente em missas; do foro de um cruzado pago pela mulher de Pedro Gonçalves Pescoço dois tostões serão para duas missas anuais; finalmente deixou ao sobrinho Francisco de Florença uma terra aos “Quinhões” com encargo de uma missa anual.
A pensão mais constante em todo o processo é de uma missa anual por alma de Manuel de Florença e João de Florença.
Último administrador: Joaquim António Ferreira da Silva.
Contém: dois traslados do testamento do instituidor; algumas quitações da capela de Maria de Florença, dadas por seu sobrinho Francisco Homem d’ El Rei. Supomos que o instituidor Manuel de Florença e Abreu seja casado com Maria de Florença, filho de Isabel de Florença e António Gomes Jardim, e neto de Manuel de Florença e Abreu e Isabel Pereira – Vd. “Genealogias”, vol. III, título de Florenças.
Maria de Florença, mulher de Manuel de Florença e Abreu, faleceu a 19 de julho de 1664 e o instituidor a 23 de outubro de 1665 conforme os respetivos registos extraídos do Livro I de Óbitos do Arco da Calheta, inscritos nas folhas 88vº e 97.
O processo encontra-se em péssimo estado de conservação, sendo difícil apurar o nº de fólios.

Abreu, Manuel de Florença e (flor.1665)

Will

Will by which João Salema, fidalgo da Casa do Rei and comendador da Ordem de Cristo, expresses his wish to be buried in the convent of S. Francisco of Lisboa, where his children are buried. He orders his executors to use the third part of his properties to buy a public debt instrument or properties to entail to an obligation of a daily mass for his, his wife's and his father-in-law's souls, half in the convent of Santíssima Trindade, where they are buried, and the other half in his own burial place. He appoints his eldest daughter, D. Lourença Salema, wife of Simão de Miranda Henriques, as heir of his entail. He entails the third parts of his wife, D. Isabel de Almeida, and of his father-in-law, Francisco de Almeida, which they had bequeathed him to entail, and gives their usufruct to his daughters, D. Joana and D. Antónia Salema, nuns, while they are alive. After their deaths, they shall be inherited by D. Lourença Salema or her descendants. If her lineage is extinguished, the entail shall go to the descendants of his other daughter, D. Mariana de Almeida. If her lineage is also extinguished, so will be the entail, and its properties will be used in perpetual masses.
He appoints his daughter as heir of the entail established by doutor Diogo Salema, to which he annexes half of his third part, according to its institution; as heir of the patronage of the convent of Aracoeli in Alcácer do Sal, which he inherited from Rui de Salema Soutomaior; as heir of the casal de Almeara, in Torres Vedras; and as heir of the entail of Isidro de Almeida. He appoints his grandson, Fernando Martins Henriques, as heir of a chapel in the priory of Crato which had belonged to his son, Diogo Salema, who had been appointed its administrator by Francisco de Almeida. He also orders twenty masses to be sung in the convent of Santíssima Trindade for the soul of his criado, António Gonçalves.
Followed by the approval deed and the opening deed of the will, dated 1646-07-11.

Salema, João (d.1646)

Will

Capela de António Sardinha, marido de Joana Pires, filha de Domingos Rodrigues, instituída em 1644-08-22 com encargo de uma missa anual, imposta nos seus aposentos na Fajã da Ovelha.
Primeiro e últimos administradores: sua mulher, que casa em segundas núpcias com Manuel Gomes, e Manuel Sardinha.
Observações: o instituidor faleceu em 1644-10-05 sem ter aprovado o testamento, embora o Juíz, após a leitura do documento e ouvidos as testemunhas, o julgasse aprovado.

Sardinha, António (d.1644)

Will

Capela de Francisco Serrão, escudeiro, instituído em 1535-07-14 com encargo de doze missas anuais, imposto num lugar de vinhas e canas sito na Achada de S. Bartolomeu, Estreito da Calheta.
Primeiros e último administradores: sua mulher Lucrécia Resende, depois seu sobrinho Manuel Serrão, filho de Diogo Serrão; Francisca Esteves, mulher de Manuel Serrão.
Observações: o instrumento de instituição desta capela datada de 1535-07-14 de doação de uma lugar de vinhas, e canas, 15 colmeias e 20 casas de pipas vazias ao sobrinho Manuel Serrão. A referida escritura determina que sua mulher Lucrécia Resende possua metade desta fazenda e por sua morte fique ao dito seu sobrinho Manuel Serrão com o mesmo encargo.
Contém o instrumento dotado de 1536-07-08, de posse dos bens doados a Manuel Serrão.

Serrão, Francisco (flor.1535)

Will

Capela de D. Beatriz da Silva, mulher de André de França e Andrade, instituída em 1681-12-11 com encargo de uma missa anual, imposto num lugar em S. Martinho, numa horta e num serrado aos Piornais.
A provisão régia, datada de 1749-08-26, autoriza a sub-rogação de uma horta sita na rua da Conceição, vinculada a esta capela, por um serrado no Estreito da Calheta.
Primeiro e último administrador: seu filho Francisco de França de Andrade e António José de França.
Observações: contém uma escritura de permutação e venda de uma horta sita na rua da Conceição, Funchal, pertencente ao senhor capitão António João de França e Andrade, por outra fazenda sita no serrado, Estreito da Calheta, pertencente ao capitão Inácio de Quelos.

Silva, Beatriz da (flor.1681)

Will

Capela de Pedro Pires Jordão e sua mulher Ângela de Sequeira, instituída em 1623-05-27, com encargo de duas missas anuais, impostos numa fazenda ao Estreito da Calheta.
Administrador em 163(...): seu filho Jordão Pires.
Último administrador: Padre José de Agrela.
Observações: o testamento refere que o instituidor foi casado em primeiras núpcias, de quem teve 3 filhos: António Bento e Bartolomeu.

Jordão, Pedro Pires (flor.1623)

Will

Capela de Maria de Matos Mouzinha, mulher do Capitão João Ferreira Uzel, instituída em 1673-01-06 com encargo de duas missas anuais, imposto numa fazenda no sítio do Monte Gordo, acima da capela de São João.
O testamento refere dois escravos – José e Isabel, de dezoito meses de idade – e menciona Maria Delgado, filha natural do Capitão João Ferreira Uzel.
Primeiro administrador: seu marido.
Administrador em 1838: D. Ana Rita da Câmara.
A última conta é tomada à revelia do administrador.

Mouzinho, Maria de Matos (flor.1673)

Will

Capela de Manuel de Abreu instituída em 1682-12-01 com encargo de três missas anuais, imposto numa fazenda no sítio da Cancela da Serra d’Água que deixou a seu irmão José e a sua sobrinha Margarida.
Em 1787-08-30 procede-se ao sequestro desta fazenda.
Último administrador: José Correia.

Abreu, Manuel de (flor.1682)

Will

Capela de Sebastião Pires, lavrador, instituída em 1578-11-12 com encargo de uma missa anual, imposto numa fazenda de árvores de fruto e inhame no Lombo Furado, Ribeira Brava.
Em 1784-10-13 procede-se ao sequestro desta propriedade.
Primeiro e último administradores: sua filha Beatriz e o Capitão António de Abreu de Macedo.

Pires, Sebastião (flor.1578)

Will

Capela de Maria de Ornelas de Menezes, mulher de Manuel Duarte Pestana, instituída em 1667-04-03 com encargo de duas missas anuais, imposto numa fazenda de vinhas e inhame no sítio das Voltas, freguesia da Tabua, cujas confrontações estão definidas no Termo de juramento e declaração, inscrito na folha 46. O testamento refere vestes.
Primeiros e último administradores: seu marido e depois seu filho Crissanto; Francisco Pestana Camacho.
Administrador em 1838 (índice): Inácio de Abreu.

Menezes, Maria de Ornelas de (flor.1667)

Will

Will made by Fernando Vasques in which he ordered the foundation of a chapel with a perpetual pious obligation of masses celebrated every year in the church of São Mamede of Évora. He appointed Sebastião Dias Rufaxo to be the first administrator during his lifetime and, after his death, he shall be succeeded by Bartolomeu, João Esteves' nephew, and from there on the succession shall continue, preferably, on the eldest male heir.

Vasques, Fernando (d.1530)

Will

Capela de António dos Reis, instituída em 1638-01-09 com encargo de uma missa anual, imposta em duas fazendas no sítio do Pomar da Lombada do Loreto, freguesia do Arco da Calheta, que em 1787 possuem as seguintes confrontações, conforme consta do Termo de declaração, inscrito na folha 40: a primeira parte pelo Norte e Oeste com o Dr. Francisco Machado de Azevedo, Sul com Pallos Pereira e Leste com o alferes João Ferreira Jardim: a segunda parte, pelo Norte com o caminho do Concelho, Sul com Francisco José, Leste com os herdeiros de António de Amim e Oeste com a fazenda acima confrontada.
Primeiro e último administradores: seu cunhado Francisco Gonçalves, sapateiro, marido de Maria Gonçalves e António Gonçalves de Abreu.
Administrador em 1838 (índice): Francisco Ferreira de Gouveia.
Observações:
Contém vários autos de sequestro da fazenda obrigada.

Reis, António dos (flor.1638)

Will

Capela do Padre Inácio Alves de Carvalho, vigário de Câmara de Lobos, instituída em 1682-09-27.
Instituiu quatro vínculos. Este tem o encargo de cinco missas anuais, imposto na fazenda da Roteira, que deixa a seu sobrinho Inácio, filho de Pedro Baptista.

Carvalho, Inácio Alves de (flor.1682)

Will

Will by which D. Catarina de Brito, widow of doutor Rui Gago, revokes her part of the will chart she had previously issued with her husband, and establishes an entail with properties Lisboa, Évora, Alcáçovas and Elvas. She bequeaths it to her niece, D. Catarina, with the obligation of a daily mass in the chapel of Santíssimo Sacramento of the cathedral of Lisboa, where she wishes to be buried. She also establishes two other entails, with "foros" in Elvas, which she bequeaths to her nephews: Fernando Lobo de Brito and Afonso de Brito. Afonso de Brito, married to Luzia de Abreu, shall have the part of the foros that wasn't given to Fernando Lobo de Brito, with the obligation of an annual mass. According to a declaration made after the signing of the will, he shall also have the part that Catarina de Brito had previously bequeathed to his brother, Gomes de Brito.

Brito, Catarina de (flor.1565)

Will

Capela de Pedro Barreto, o velho, instituída em 1560-06-13 com encargo de duas missas semanais na Igreja de São Brás do Arco da Calheta e um ofício na entrada de cada administrador, imposto em vários foros, águas e propriedades nesta freguesia, que vincula em morgadio, cujas confrontações estão identificadas e delimitadas no Termo de Juramento inscrito nas folhas 152 vº a 155.
Institui outros vínculos: um imposto em propriedades vinculadas na Ponta do Sol, que deixou a sua mulher e depois a seus sobrinhos Manuel Afonso e Beatriz Gomes com obrigação de cada um mandar celebrar uma missa semanal; a outra capela tem o encargo de um anual de missas no mosteiro de São Francisco, com responso sobre sua sepultura, imposto numa fazenda no Caniço que deixou a sua mulher e depois ao Hospital da Calheta, da qual capela não se faz alusão em todo este processo.
Embora no seu testamento o instituidor fixe estes encargos, a sua mulher Isabel de Sá no seu testamento revoga muitas das disposições, estabelecendo-se então a pensão de uma missa semanal e um ofício no morgadio do Arco e o morgadio da Ponta do Sol – de que não se tomam contas nestes autos conforme se menciona na fl. 39 – ficou com a obrigação de 26 missas anuais.
O testamento refere que o instituidor era neto do bacharel Pedro Gomes e de Iria Pires.
Último administrador: D. Joana Margarida de Caires Rego.
Observações:
Contém

  • Autos de arrematação dos morgadios do Arco e da Ponta do Sol feitos em 1714 por João de Barros de Andrades que lançou, respetivamente, 107.130 réis e 16.000 réis por ano;
  • Um rol dos rendimentos do morgadio do Arco em 1731;
  • Um auto de arrematação deste morgadio feito em 1732 por António Rodrigues da Silva, que lançou 33.000 réis;
  • Segue-se uma escritura de trespasse desta arrematação feita por António Rodrigues da Silva a D. Margarida Maria, mulher de João Barreto;
  • Contém ainda uma escritura de dote e casamento da filha de Domingos de Sousa e Maria Tavares, realizada em 165(...)-11-19;
  • Uma componenda de encargos pios obtida por Pedro João da Câmara Barreto.

Barreto, Pedro (flor.1560)

Will

Capela de Maria Fernandes, viúva de Baltazar Martins, instituída em 1648-12-16, com encargo de duas missas anuais, imposto numa casa de telha sobradada na Serra d’Água, que deixou ao cunhado António Pires Jardim, marido de Joana Fernandes, e depois ao escravo Miguel, e por falecimento deste ficaria ao capitão Gaspar Homem d’ El Rei.
O termo de juramento, feito em 1779-10-16, refere que metade desta casa estava destruída, “por lhe levar a Ribeira um bocado”, e partia pelo Norte com a rocha, Sul com o armazém de D. Guiomar Madalena, Leste com a Ribeira e Oeste com outro armazém do casal de João José de Vasconcelos.
O testamento refere vestes e jóias – quinze contas de ouro no valor de 2.000 réis.
Primeiro e último administradores: seu cunhado António Pires Jardim e Francisco Januário da Silva.
Observações:
Maria Fernandes instituiu outras capelas, a saber: uma com encargo de duas missas anuais, imposto na metade de um lugar na Ribeira da Serra d’Água, que deixou a uma sobrinha casada com Pedro de Brito; outra com o mesmo encargo imposta na outra metade do dito lugar, administrada pelo seu escravo Miguel, e que na falta de descendentes passaria ao capitão Gaspar Homem d’El Rei.
Doou ainda 15.000 réis à Misericórdia com obrigação de uma missa anual.
Existem nestes autos algumas quitações que indicam que estas capelas fora, a dada altura, satisfeitas pelos seus administradores, embora se tomem apenas contas das duas missas ligadas à casa da Serra d’Água.
Contém dois autos de sequestro da dita casa, executados em 1733-10-06 e 1820-07-18.

Fernandes, Maria (flor.1648)

Will

Will by which Lourenço Leitão, Cavaleiro Fidalgo da Casa do Rei, bequeaths the third part of his assets, including houses in Lisboa, to his daughter, Francisca Leitão, with the obligation of celebrating annual masses for his soul and that of his father, Gaspar Leitão, in the church of S. Nicolau and for his mother's soul in the church of the convent of S. Domingos of that city. He declares that his body must be buried in the church of S. Nicolau, inside the grave where his father lied.

Leitão, Lourenço (d.1570)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: instrumento de testamento e dote feito em 1578-04-11, pelo tabelião Domingos Fernandes. Traslado de 1771.
ENCARGOS (ANUAIS): missa cantada em honra de Nossa Senhora da Encarnação.
BENS DO VÍNCULO: todos os seus bens móveis e de raiz, não especificados no título de instituição, fazenda que nunca se partiria, ou alienaria e apresentar-se-ia sempre beneficiada «porque a faz em morgado» (I vol., f. 40 v.º). Quitações e contas iniciais insertas no primeiro volume dos autos, mencionam uma horta de Pedro Gomes de Castro, sita ao pé da árvore na vila de Machico, aforada ao tanoeiro Pedro Martins, razão pela qual se identifica, por diversas vezes, este primeiro volume como sendo da capela do dito Pedro Gomes de Castro. Uma nota do escrivão dos Resíduos (I vol., f. 41 v.º), refere que José de Sousa do Moinho da Serra e João José Lomelino informaram que a horta constante do termo de sequestro apenso é a que se trata nestes autos (auto de sequestro, feito em 1785-04-26, I vol., f. 43 v.º, nas novidades de uma horta terra de inhame sita na rua da Árvore, de que era então senhoria D. Lourença).
SUCESSÃO: nomeia os sobrinhos Fernão Teixeira de Carvalho e mulher Guiomar de Freitas, seus herdeiros universais, que usufruiriam dos seus bens, e por sua morte ficaria à filha destes, D. Ana, a quem dota os bens para seu casamento; suceder-lhe-ia o filho ou filha primogénito; não tendo esta filhos, tornaria ao herdeiro varão mais chegado da geração dos Teixeiras «e se chamara Teixeira», não havendo macho seria fêmea. D. Ana casaria mais tarde com Pedro Gomes de Castro.
ADMINISTRADORES: em 1632-08-20, data do primeiro auto de contas (I vol., f. 1): Pedro Martins, tanoeiro, da horta que traz de Pedro Gomes de Castro; em 1681 é administrador o capitão Mateus de Mendonça de Vasconcelos da horta de Bernardo de Freitas (I vol., f. 30), em 1714 presta contas a sua viúva D. Branca de Vasconcelos (I vol., f. 38); em 1719 (I vol., f. 38 v.º) o capitão João Moniz Barreto de Menezes; em 1737 o morgado Tristão Teixeira (II vol, f. 2); de 1742 a 1789 presta contas José Leandro Teles da Silva; em 1790 o capitão Aires Teles de Vilhena Teixeira e Meneses; em 1822 é administrador o coronel João Lício de Lagos Vilhena.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: João Lício de Lagos Vilhena.
Outras informações do testamento (I vol. f. 39-41; II vol. anexo, f. 1-2):
MORADA: moradora na freguesia do Porto da Cruz.
TESTAMENTEIROS: os sobrinhos Fernão Teixeira de Carvalho e mulher Guiomar de Freitas, seus herdeiros universais, de quem a instituidora afirma ter recebido muitas boas obras e agasalho; acrescenta que criara a filha destes D. Ana e lhe tinha amor como a uma filha.
ENTERRAMENTO: igreja de Nossa Senhora da Conceição da vila de Machico, na capela dos Reis Magos, em cova de seus pais.
TESTEMUNHAS: Manuel Lourenço, que assinou pela testadora; Aleixos Martins e seu filho Sebastião Martins; Pedro Gonçalves; Pedro, criado de Fernão Teixeira; Manuel Teixeira de Vasconcelos, fidalgo, todos moradores no Porto da Cruz.
Outros documentos do 1.º vol.:
F. 42-43 v.º – Autuação dos sequestros feitos nos bens das capelas apenas de Pedro Gomes de castro, o capitão Matias de Mendonça e D. Branca de Vasconcelos. Segue-se os autos de sequestro, realizados em 1785-04-26, numas casas sobradadas de telha sitas na rua da Árvore, vila de Machico, e de uma horta na mesma rua, de que é senhoria D. Lourença, e mista com a horta das casas desta.

Teixeira, Ana (flor.1578)

Will

Capela do Padre Manuel de Castro Correia, vigário da Igreja do Caniçal, filho de Manuel de Ornelas, instituída em 1631-11-05 com encargo de uma missa anual, imposto numa fazenda no sítio do Jogo da Bola, no Estreito de Câmara de Lobos.
Primeiro administrador: João da Costa César, marido de Maria de (Ascensão) de Vasconcelos.
Administrador em 1838 (índice): António Caetano Figueira de Barros.
A última conta é tomada à revelia do administrador.
Observações: às fls. 22 e 23 contém umas declarações dos bens e respetivas confrontações das capelas de Isabel Gonçalves, Ana Rodrigues, Beatriz Gomes e do Padre Manuel de Castro Correia.

Correia, Manuel de Castro (flor.1631)

Will

Capela de Pedro de Araújo, filho de Jorge Eanes de Araújo e de sua mulher Helena de Cairos, instituída em 1598-01-19 com encargo de cinco missas anuais, imposto numa fazenda no lugar do Tanque, acima da Cruz de Carvalho. Em 1822 e em junho de 1828 procede-se ao sequestro desta propriedade. Testamenteiros: seus filhos Francisco de Cairos e Inês Pinheira.
Primeiro e último administradores: sua filha Inês Pinheira, mulher de Francisco de Ornelas de Vasconcelos, e Júlio de Almeida Fernandes.
Administrador em 1838 (índice): António Bettencourt Herédia.
Observações: contém a certidão de óbito de Helena de Cairos, falecida a 1607-12-08, na Ponta do Sol oito Bulas de Composição de encargos pios, impressas emitidas em 1610 a favor do administrador António de Brito, que, numa petição de 1612 refere ser genro de D. Helena de Cairos.

Araújo, Pedro de (flor.1598)

Will

Capela de Missé Baptista, cavaleiro, instituída em 1512-06-26 com encargo de uma missa semanal na Igreja de São Salvador.
O testamento refere: que tem quatro filhos ilegítimos de Isabel Martins - Isabel, Bartoleza, Branca e João Baptista que não tem a certeza se a mulher de António Mourate e Perina Baptista, mulher de João do Olival, são suas filhas.
Primeiro e último administradores: seu filho João Baptista, cavaleiro, e Jerónimo Perestrelo Baptista Agrela.
Administrador em 1838 (índice): João Bettencourt Baptista Agrela.
Observações: o testamento de Missé Baptista está publicado no A. H. M. Vol. II fls. 23-26; o processo contém o testamento de Inácio Álvares de Almeida, aprovado em 1604-03-07, e quitações por sua alma e outras da capela de Maria Álvares.

Baptista, Missé (flor.1512)

Will

Capela de Antónia Gomes, mulher de Manuel Veloso da Câmara, o velho, instituída em 1619-10-(...) com encargo de uma missa anual, imposto na fazenda e casa no sítio da Azenha, Caniço.
Primeiro e último administradores: seu marido, depois seu filho Manuel Veloso; Jerónimo Baptista de Agrela.

Gomes, Antónia (flor.1619)

Will

Capela de Leonor Rodrigues, viúva de António Pires do Vale da Bisca, instituída em 1621-01-26 com encargo de uma missa anual no dia de Santo António, imposto na sua casa com lagar que deixou a seu filho António, e de outra missa na noite de Natal, imposta no "lugar do Engenho" que deixou a sua neta, filha de Maria da Graça. O testamento refere escravos.
Primeiro e último administradores: seu genro Domingos Luís e António Bettencourt Herédia.

Rodrigues, Leonor (flor.1621)

Will

Capela de Beatriz Gonçalves de Lamego, filha de Antão Rodrigues e de (...) Gonçalves, e viúva de Rui Gonçalves Esquina, instituída em 1618-08-20 com encargo de uma missa anual no primeiro dia de Janeiro, na Sé do Funchal, imposto numa fazenda no Arrudal do Caniço, que comprara a António Lopes e o Amador Gonçalves. O testamento menciona os filhos licenciado Sebastião Nogueira, Júlio Nogueira, (já falecido) e António Barradas. Primeiro e último administradores: seu filho António Barradas e António Coelho do Caniço.

Lamego, Beatriz Gonçalves de (flor.1618)

Will

Capela de Leonor de Viana, filha de Pedro de Viana e de Catarina Ferreira de Frias, e mulher de António Barradas Esquina, instituída em 1625-04-23 com encargo de uma missa anual no altar do Bom Jesus da Sé, imposto numas fazendas no Caniço. O testamento refere escravos.
Primeiros administradores: sua filha Leonor de Viana dos Reis, depois seu filho Lourenço.
Administrador em 1838: Joaquim Manuel Spínola.
A última conta é tomada à revelia do administrador.

Viana, Leonor de (flor.1625)

Will

Capela de António Luís de Vares e de sua mulher Maria Jorge instituída em 1686-04-21, com encargo de duas missas anuais, imposto nos seus aposentos do Curral Velho, Santo António, e numas fazendas nos sítios do Penedo e Fonte dos Passarinhos.
Primeiro e último administradores: sua filha Catarina de Castro, mulher de Manuel Fernandes e José Martins Luís.
Observações: o testamento de mão comum foi aberto em 1690-06-23, após o falecimento de Maria Jorge.
Contém os autos de posse das propriedades vinculadas à terça.

Vares, António Luís de (d.1693)

Will

Capela de Pedro Eanes, lavrador, instituída em 1595-04-(20) com encargo de uma missa anual, imposto numa fazenda na Ribeira de Vasco Gil, freguesia de Santo António.
Primeiro e último administrador: seu filho Bastião Fernandes e João Rodrigues de Aguiar.

Eanes, Pedro (flor.1595)

Will

Capela de Domingos Fernandes, casado primeiro com Catarina Vicente e depois com Isabel Antónia, instituída em 1598-05-23 com encargo de três missas anuais, impostos numas casas acima do Mosteiro de Santa Clara.
Uma declaração feita em 16(?)7 e inscrita na folha 19v, refere que essas casas situam-se "no canto do bequo que vay para as ruas e caminho que vay para o Piquo na entrada do bequo que vay para os Moinhos".
Primeiro e último administradores: sua mulher Isabel Antónia e António Fernandes Camacho.
Observações: no testamento e primeiras quitações, o instituidor é chamado Domingos Fernandes, boieiro, mas nos restantes acrescenta-se o apelido Ribeiro.

Fernandes, Domingos (flor.1598)

Will

Will by which Luísa de Barros expresses her wish to be buried in the convent of S. Domingos de Benfica, in the tomb of her parents and grandparents. She confirms a donation deed dated 1616-12-15 by which she donated her properties in an entail to her niece, D. Juliana de Barros, daughter of her nephew Jorge de Barros de Vasconcelos and of D. Joana de Almada, and established a chapel. If her niece dies before her, or without descendants, the entail and chapel shall be bequeathed to one of her siblings, as long as it's not to the heir of the entail established by their father, Jorge de Barros de Vasconcelos, for these two entails are not to be joined.

Barros, Luísa de (flor.1621)

Will

Capela de João Gonçalves, contra peso, instituída em 16(45)-(12)-07 com encargo de uma missa anual, imposto numa fazenda no sítio da Pedra Mole em Câmara de Lobos, cujas confrontações estão delimitadas no Termo de juramento e declaração inscrito na folha 74 do processo.
Primeiros administradores: sua mulher Filipa Lourenço e depois sua filha Filipa.
Administrador em 1838 (índice): Joaquim de Freitas Henriques.
A última conta é tomada à revelia do administrador Manuel de Abreu Aguiar.

Gonçalves, João (flor.1645)

Will

Will by which Maria Cordovil, Gaspar da Nóbrega's widow, establishes an entail with her farmstead (quinta) of Budel and lands in Sintra. She appoints her brother, António Cordovil, to be its first administrator, obligating him to celebrate masses in the church of the convent of S. Domingos of Lisboa, where her remains should be buried next to those of her husband. Followed by an approval deed issued on 1581-10-13 and an opening deed issued on 1581-10-30.

Cordovil, Maria (flor.1581)

Will

Capela de Pedro de Bettencourt, marido de Elvira Rodrigues, instituída em 1550-10-25, com encargo de quatro missas anuais no altar de Nossa Senhora do Rosário por intenção de seu pai João Afonso Bettencourt e de sua madrasta Ana Rodrigues, imposto num pedaço de vinha nos Arrifes, acima do Rosário.
Último administrador: Jerónimo Perestrelo Baptista de Agrela.
Observações:
O processo encontra-se em péssimo estado de conservação, sendo impossível determinar o número de fólios. A capela de Elvira Rodrigues possui a cota atual cx. 82, nº 10, e destes autos extraiu-se a data de instituição da capela de Pedro de Bettencourt.

Bettencourt, Pedro de (flor.1550)

Will

Will by which Francisco Botelho and his wife, D. Beatriz de Castanheda, establish an entail and a family pantheon in the main chapel of the convent of S. Domingos de Benfica, where Francisco Botelho's grandfather, Fernando Lourenço, was buried. They entail to their chapel 40 000 reis of interest: 10 000 for two annual masses, during their lifetime, and 30 000 for a daily mass after their deaths. They appoint their son, Diogo Botelho as their heir and administrator of the chapel and entail, and his successors, afterwards. They also appoint him administrator of the chapels established by Isabel de Proença, [Beatriz de Castanheda's mother], in the church of S. Nicolau de Lisboa, and by Rui de Castanheda [Beatriz de Castanheda's father].
Mentions a previous codicil.

Botelho, Francisco (flor.1563)

Will

Capela de Nicolau Fernandes instituída em 1621-03-22 com encargo de uma missa anual em dia dos Finados, ofertada com cinco pães e duas canadas de vinho no Convento de São Bernardino.
Primeiro e último administradores: sua mulher Ana de Barros e a Confraria das Almas de Câmara de Lobos.

Fernandes, Nicolau (flor.1621)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1600-04-08 pelo tabelião António de Carvalho.
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa rezada em dia de Nossa Senhora do Rosário.
BENS DO VÍNCULO: imposto na terça dos seus bens. No inventário dado por óbito do instituidor, são descritos os bens adjudicados à terça, no valor de 683.866 réis (II vol, f. 22 v.º): catorze horas de água dos Piornais; serrado de terras de canas atrás de São Pedro, sujeito a um cruzado de foro à Misericórdia; um moio de trigo de foro anual pago por João Gonçalves Botelho; um moio de dez alqueires de trigo anafil pago anualmente por Brás Pacheco Tavares; 7700 réis da fornada da viúva; mais 116.000 réis.
SUCESSÃO: nomeia a mulher, por morte desta as três filhas para ingressarem num mosteiro; por morte da derradeira ficaria ao filho D. Francisco e seus descendentes por linha direita.
OUTROS VÍNCULOS: refere que, por falecimento de sua irmã, herdou a terça de seu pai com a faculdade de nomeação, pelo que agora designava na respetiva administração o filho D. Francisco.
ADMINISTRADOR EM 1600-04-14, data da primeira quitação: a mulher, a quitação é dada pelo testamenteiro, seu cunhado Gaspar de França de Andrade.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Sebastião Francisco Falcão Lima e Melo Trigoso, pelo seu procurador.
Outras informações do testamento (I vol. f. 4-6; II vol. f. 12-14):
CÔNJUGE: D. Isabel Grega, filha de Tomé Sardinha.
MORADA: Funchal, além da ponte de São Pedro.
ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, junto ao sogro, em sepultura nova que se compraria e cobriria com uma campa com o letreiro que diga «meu e de minha molher e desendentes».
PROTEÇÃO DE PESSOA: o instituidor pede à mulher que faça a D. Helena, criada por sua mãe, o que ela julgasse «ser rezão he honrra» (f. 5).
LITERACIA: não redige nem assina o testamento por estar fraco e não poder.
TESTEMUNHAS: cunhado João Sardinha; cunhado Gaspar de França de Andrade; João de França; João de Faria; João Fernandes preto, sapateiro; António Gonçalves, alfaiate; Francisco Gonçalves, surrador, todos moradores nesta cidade.
Outros documentos:
I vol., f. 21 v.º - Sentença do juiz dos Resíduos, emitida em 1603-03-20, a desobrigar D. Isabel Grega da testamentária de seu marido.
II vol – Autos de inventário dos bens de D. Leão Henriques, inventariante a mulher D. Isabel Grega. Filhos herdeiros: D. Francisco, D. Afonso, D. Joana, D. Maria e D. Antónia. 1611-1618.
Destacamos:
F. 4 – No título da roupa de cama: um cobertor vermelho e amarelo de damasco da Índia;
F. 4 v.º – No título das tapeçarias: dois coxins de veludo verde e damasco no valor de 3.500 réis;
F. 6 - No título do VESTUÁRIO: uma vasquinha de cetim preto; outra de veludo azul; um saio alto de cetim preto, outro de veludo preto; um corpinho (?) de tela de prata;
F. 7 – AÇÚCAR: sete arrobas de marmelada branca, valendo cada uma 1600 réis; sessenta forminhas pequenas de açúcar no valor de 6500 réis; nove pães de açúcar de meles no valor de 2600 réis;
F. 7 v.º - No título dos ESCRAVOS: escravo preto da Guiné chamado Pedro, com cerca de trinta anos, avaliado em 35.000 réis; outro escravo preto da Guiné, com cerca de quinze anos, avaliado em 25.000 réis; mulato André com cerca de trinta e cinco anos, avaliado em 30.000 réis; outro mulato pequeno, de cinco anos, chamado Gaspar, no valor de 10.000 réis.
F. 18 – AÇÚCAR: 34 arrobas de açúcar do Brasil que a inventariante tinha para vender; 270 pães de açúcar deste ano também para vender; ESCRAVOS: a inventariante dá a inventário uma escrava de sete anos que comprara depois da morte do marido por 33.000 réis, em dívida.
F. 21 a 36 – Partilhas. Total dos bens inventariados e avaliados: 4.103,200 réis. Coube à terça do defunto: 683.866 réis; coube a cada metade (da mulher inventariante e dos filhos): 2.051.600 réis.

Henriques, Leão (flor.1600)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1579-09-17 pelo notário Manuel Tavira de Cartas.
ENCARGOS (ANUAIS): duas missas celebradas no convento de São Francisco.
BENS DO VÍNCULO: toda a fazenda móvel e de raiz «de que eu posso testar», em particular o assentamento de casas e quintal onde vive, no Funchal, e sendo caso que os padres da Companhia de Jesus tivessem necessidade desta propriedade para o seu Colégio, poderiam trocá-lo por outra propriedade de semelhante valor nesta cidade, «tam boa como esta».
SUCESSÃO: nomeia o marido, depois a irmã D. Antónia, podendo esta nomear um filho ou filha, «e andara sempre a dita minha fazenda em seus descendentes legítimos».
ADMINISTRADOR EM 1594-01-12, data do primeiro auto de contas (f.2): Francisco de Salamanca, marido de D. Antónia. A segunda prestação de contas data de 1634 (f. 1A), sendo administrador Fernão Favela de Vasconcelos.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Sebastião Francisco Falcão Lima e Melo Trigoso, pelo seu procurador.
Outras informações do testamento (f. 3-6 v.º):
ENTERRAMENTO: mosteiro de São Francisco, capela de San[…], jazigo dos avós.
ESCRAVOS: liberta a escrava preta Melícia, na metade que lhe pertence; liberta a escrava preta Francisca, na condição de esta lhe mandar dizer uma missa mensal, total de 36 missas; liberta o escravo preto Luís após dez anos de serviço a seu marido Luís de Leão; liberta a escrava mulata Isabel após dez anos de serviço a sua sobrinha D. Andreza, filha de sua irmã D. Antónia.
DÍVIDAS: à mulher do médico Diogo Lopes de Leão deixa 2.000 réis em pagamento de dívidas do marido; dívida de 10.000 réis a Isabel Lopes, mulher de António Gonçalves, morador no Estrito de Câmara de Lobos; deve 500 réis a Gaspar Fernandes, mareante, casado com Ana Fernandes; à falecida tia D. Ana devia 780 réis; ao moço Amaro, que a serviu ao tempo de Jorge Moreno, deve 20.000 réis; a Filipa Jorge, de seu serviço, deve 3.000 réis.
LEGADOS: a Ana Fernandes deixa 20.000 réis em atenção aos serviços prestados, desde o falecimento de Jorge Moreno; à sobrinha D. Mecia, filha de seu irmão Rui Leme, deixa o seu manto de sarja, um saio de fustão branco e uma saia vermelha; à colaça Maria Telo deixa um saio preto e uma saia roxa.
JOIAS: vendera à irmã um colar e um cinto de ouro.
OUTRAS INFORMAÇÕES: foi testamenteira de Jorge Moreno.
LITERACIA: a testadora não sabe escrever.
TESTEMUNHAS: Manuel da Câmara, fidalgo da Casa d’El-Rei, que assina pela testadora; Manuel Carrilho, solicitador; João Gonçalves, purgador; Gonçalo Luís, hortelão; João Rodrigues, porteiro; Manuel Afonso, carpinteiro; Guilherme Obri, francês, todos moradores na cidade do Funchal.
Outros documentos:
F. 20-20 v.º - Certidão, datada de 1647-12-30, da verba do testamento de D. Beatriz da Silva, filha de D. Antónia da Silva e viúva de Fernão Favela de Vasconcelos, acerca da capela de sua tia D. Catarina de Barredo, de que foi administradora, e que ora possui a sobrinha D. Beatriz de Abreu, mulher de D. Jorge Henriques.

Barredo, Catarina de (flor.1579)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito em 1636-12-22, aprovado pelo tabelião Francisco Mendes Pinto, aberto em 1636-12-25, nas pousadas do juiz ordinário Bartolomeu Machado de Miranda.
ENCARGOS ANUAIS: uma missa rezada no capítulo velho do convento de São Francisco. Em 1752-06-05, componenda de encargos pios desta e de outras capelas do administrador D. Joaquim Sanches de Baena (f. 29-31, original em latim e tradução).
BENS DO VÍNCULO: institui vínculo de morgado na terça dos seus bens «e faso dela morgado pera todo sempre», a qual «se tirara do melhor parado de minha fazenda», quer no lugarinho de Água de Mel com o lugar do Fraguedo, que são bens livres e fora do morgado de Filipa Aires (f. 2).
SUCESSÃO: nomeia a mulher D. Andreza da Silva, depois a filha D. Beatriz de Abreu, e por sua morte esta nomearia uma de suas filhas, à sua escolha, não tendo esta herdeiros ficaria à outra irmã; por morte da derradeira fêmea ficaria a seu irmão Francisco e a seus herdeiros; na ausência de descendência de todos os netos, a terça ficaria à confraria do Santíssimo Sacramento da Sé. Caso algum dos sucessores quisesse aforar a dita terça ou fazer qualquer alheação, ainda que impetrasse uma provisão régia, seria privado da sua administração.
ADMINISTRADOR EM 1636-12-26, data da primeira quitação: a mulher D. Andreza da Silva.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Sebastião Francisco Falcão Lima e Melo Trigoso, pelo seu procurador.
Outras informações do testamento (f. 2-6 v.º):
Testamento iniciado pela mão do testador, e concluído pelo padre João Soeiro de Chaves, visto o testador se encontrar muito fraco.
TESTAMENTEIROS: a mulher; a filha Beatriz de Abreu (que casaria com D. Jorge Henriques); a cunhada D. Beatriz da Silva; o sobrinho Cristóvão de Atouguia da Costa.
ENTERRAMENTO: capítulo velho do convento de São Francisco, em sepultura dos pais.
RETÁBULO/CRUZ: menciona o retábulo de Cristo, que deixa à neta [...], e por sua morte, sendo freira, ficaria ao irmão Francisco «meu neto» (f. 5-5 v.º); ao neto Francisco deixa também um retábulo inacabado, juntamente com as relíquias ricas, madeira de jacarandá e madeira de cedro para as costas, necessários ao seu acabamento «Francisco meu neto a quem tambem deixo logo meu retabolo que tenho pera acabar do oc..e(?) h[...] pera o qual deixo a sua mai em meu escritorio todas as reliquias riquas e nesesareas e madeira de jacarand, pera çe acabar e cedro pera as costas e isto se não fizer em minha vida» (f. 5 v.º); à neta Francisca deixa a sua cruz rica «em que […dei] todo o m[eu] tezouro e reliquias a mais de sincoenta anos», que depois passaria a sua irmã D. And[reza] (f. 5).
LIVROS: «todos meus livros e couzas coriozas se meteram em arcas fechadas e darão as chaves a minha molher Dona Andreza e por sua morte a minha filha Dona Breitis e por morte de ambas deixo a meu neto Dom Francisco e ele as pesuira com a moderasão que sempre a eles tive fazendo bem a todos» (f. 5 v.º).
PROPRIEDADES: vendera a Jerónimo Pires do Canto um lugar em São Roque que comprara a Maria de Cairos; também lhe vendera umas terras que houvera de Pedro Fernandes da Boa Vista, com exceção de um pedaço adjudicado à terça da mulher do dito Pedro Fernandes da Boa Vista, e que ora pertencia a seu neto Rafael Salgado, filho de António Gonçalves Salgado e de Filipa Gonçalves, com obrigação de uma ou duas missas; comprara aos herdeiros de Dinis Pires toda a fazenda que tinham acima de São Roque.
DÍVIDAS: declara ter recebido 50.000 réis «a ganhos» de D. Joana de Barros, mulher de Álvaro de Ornelas de Vasconcelos, antes do seu casamento, ganhos esses que reconhece «não podia levar».
LITERACIA: o testador sabe ler e escrever.
TESTEMUNHAS: padre João Soeiro de Chaves, Manuel Cabral de Aguiar; Sebastião de Teives; padre Álvaro Vaz da Corte; Francisco Gonçalves Neto; Manuel Rodrigues; Lucas Fernandes.
OUTROS VÍNCULOS: o testamento refere a terça da mulher de Pêro Fernandes da Boavista «que he capella» e pertence a seu neto Rafael Carvalho, filho de António Gonçalves Salgado e de Filipa Gonçalves, com encargo de uma ou duas missas rezadas «mão estou bem lembrado» (f. 3).

Abreu, Francisco Vieira de (d.1636)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1563-01-22 pelo tabelião João Gonçalves.
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa cantada em dia de Nossa Senhora do Faial no mosteiro de São Francisco, pela esmola taxativa de 150 réis e duas candeias de vintém (20 réis), mais duas missas em dia de Finados ofertadas com nove pães, duas canadas de vinho e dois círios de vintém, sobre a cova do marido.
BENS DO VÍNCULO: encargo imposto no remanescente de toda a sua fazenda móvel e de raiz, a qual fazenda «andara sempre junta com a do dito meu marido».
SUCESSÃO: a nomeação seguiria o estipulado para o vínculo do marido, a saber: nomeia a sobrinha Beatriz de Abreu, mulher de Manuel Vieira, a qual nomearia um de seus filhos ou filhas «qual ela mais quizer», sucedendo daí em diante na linha da dita Beatriz de Abreu.
OUTROS VÍNCULOS:
i) a testadora estabelece outro vínculo com encargo de uma missa anual em dia de Nossa Senhora da Conceição, imposto num assentamento de casas e quintal na rua dos Moinhos que deixa à sobrinha Maria Ferraz. Sucessão: sucederia o filho ou filha primogénito da dita Maria Ferraz, não tendo filhos os bens tornariam aos seus herdeiros (Beatriz de Abreu e seus descendentes). Deste vínculo não se prestam contas nestes autos, aliás, uma nota inscrita na folha de rosto pretende «saber quem posue na rua dos Moinhos».
ii) vínculo instituído pelo marido Francisco Ledo, com encargo de quatro missas anuais. A testadora estabelece a sua sucessão: nomeia a sobrinha Beatriz de Abreu, mulher de Manuel Vieira, a qual nomearia um de seus filhos ou filhas «qual ela mais quizer», sucedendo daí em diante na linha da dita Beatriz de Abreu. A este vínculo seria anexado o outro por ela instituído, como acima se menciona.
ADMINISTRADOR EM 1627, data do primeiro auto de contas: Manuel Vieira de Abreu, casado com Beatriz de Abreu, morador à rua de São Francisco.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Sebastião Francisco Falcão Lima e Melo Trigoso, pelo seu procurador.
Outras informações do testamento (1.º traslado f. 2-5; 2.º traslado f. 35-42):
A testadora declara deserdar todos os demais parentes.
ENTERRAMENTO: mosteiro de São Francisco do Funchal, em cova da mãe.
LITERACIA: não sabe ler e escrever «não sabe assinar».
TESTEMUNHAS: bacharel António do Amaral, que assina pela testadora; Fernão Carvalho, cidadão do Funchal; João Gonçalves, lavrador, moradores nesta cidade; António Gonçalves, hortelão que disse ser de Vizela, junto de Guimarães, ora estante nesta cidade; Diogo Fernandes, natural da terra de Lamego, morador em Vila Seca; Aleixos Gonçalves, morador em Sacavém, termo da cidade de Lisboa, ora estante nesta cidade.
Outros documentos:
F. 33 v.º – Sentença do juiz do Resíduo, publicada em 1792-03-14, especifica as pensões desta capela e ordena o traslado do testamento retro.

Aires, Filipa (flor.1563)

Will

Will by which João Rodrigues Trigo and his wife, Filipa Lopes de Abreu, establish a chapel of four annual masses in the Misericórdia of Lisboa. They entail to it houses in Montemor-o-Velho. They bequeath it to Isabel Rodrigues, sister of João Rodrigues Trigo, and her descendants thereafter.
They also establish a chapel of 12 annual masses for each other's souls, in the convent of S. Francisco of Lisboa, where they wish to be buried. They appoint their son, João Rodrigues Trigo, as their heir. They bequeath him 500 cruzados so he can buy properties to entail to the chapel, which shall always be in their lineage.
Followed by approval deed, dated from the following day, in which Filipa Lopes mentions a previous will she now revokes, and by a certificate of payments of the legacies of João Rodrigues Trigo by his widow, dated 1586-04-10.

Trigo, João Rodrigues (flor.1584)

Will

Will by which Francisco de Melo, Marquês de Sande, husband of D. Leonor Henriques de Torres, established an entail with the third part of his assets, appointing his son, Garcia de Melo de Torres, to be its first administrator. The entail's succession would be conditioned by the same clauses that Garcia de Melo, Francisco's father, had formulated when he founded his own entail. Francisco obligates his heir to support the celebration of annual masses in the church of the convent of S. Domingos of Lisboa, adding to the ones Garcia de Melo had established. He integrates in his entail a public debt instrument of 100 000 réis that his sister, D. Maria Madalena de Meneses, had bequeathed him with that same purpose. D. Maria Madalena had also bequeathed him another public debt instrument of 30 000 réis, with the obligation of celebrating a daily mass, wherever he chose. At the moment, that obligation was being fulfilled by the priest Bartolomeu de Abreu, family chaplain. After his death, it would pass to the friars of the convent of S. Domingos. His son Garcia de Melo should also succeed in the Morgado dos Torres and the institutor also nominated him in the travels to Moçambique and in the Feitoria of Diu. If he died without heirs, it should succeed his daughter D. Madalena Josefa de Mendonça. Francisco appoints the Bispo da Targa, Martim Correia da Silva, his uncle, Manuel Barreto de Sampaio, Francisco Correia de Lacerda and António Monteiro de Mesquita, inquisidor, as his children's tutors.

Melo, Francisco de (flor.1665)

Will

Will by which Maria Botelho expresses her wish to be buried in the convent of S. Francisco of Lisboa. She appoints her brother, Diogo Fernandes Salema, as her universal heir. She bequeaths him her houses, with an obligation of a daily mass for her and her mother's soul and a sung mass on the holidays of Nossa Senhora and on the day of S. Francisco. Her brother can appoint the next administrator. If he doesn't have children, it will pass to their closest relative.

Botelho, Maria (flor.1579)

Will

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 5 v.º-12, fólios dilacerados; 2.º traslado f. 89-100) aprovado em 1586-05-21 pelo tabelião de notas da cidade do Funchal e seus termos, Francisco Cardoso.
ENCARGOS (ANUAIS): nove missas nas nove festas de Nossa Senhora e uma missa rezada em dia da Assunção de Nossa Senhora.
REDUÇÃO DE ENCARGOS: sentença de redução de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-02-14 (f. 133 v.º-134), reduz as capelas administradas por António Caetano de Freitas Aragão a 15$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Os administradores também obtêm da Santa Sé breves de componendas de missas e encargos pios: em 1784-08-31 (f. 76-79), em 1796-09-05 (f. 104-108) e em fevereiro de 1820 (f. 138 v.º-145).
BENS DO VÍNCULO: assentamento de casas na rua Direita, Funchal, em que vivia Pêro Camacho, «em que entra a caza que foi capela» [dos presos da cadeia velha] (cf. nota na folha 4). Na f. 2 anota-se que as casas se situam no canto da rua da Cadeia Velha a banda da S[é]. Em 1783-08-08 (f. 65-66 v.º) procede-se ao sequestro dos alugueres e lojas destas casas sitas na rua Direita, então pertencentes ao morgado José Joaquim de Freitas Drumond.
SUCESSÃO: nomeia Beatriz da Costa, filha do compadre João da Costa, alcaide do mar, e de Maria de Almeida.
OUTROS VÍNCULOS:
i) institui outro vínculo de capela imposto numa casa sobradada com quintal na rua dos Tanoeiros, Funchal, que deixou a Sebastião, filho do afilhado Gaspar Pinto, com encargo de uma missa cantada em dia de Finados ofertada com pão e vinho e de um cruzado para os pobres do hospital da Misericórdia do Funchal. Deste vínculo prestam-se contas nos autos com a cota atual Cx. 162-4.
ii) institui outro vínculo de capela imposto numa outra casa sobradada com quintal sita na rua Direita, Funchal, com encargo de duas missas rezadas anuais no altar de Jesus da Sé. Sucessão: nomeia o dito João da Costa e mulher, sucedendo-lhe qualquer um dos seus filhos ou filhas e seus descendentes «proseguindo sempre a nomiação dos filhos ou filhas e não os avendo os parentes mais chegados andando em hua pesoa» (f. 94 v.º).
ADMINISTRADOR EM 1613-03-01 (f. 22): Nuno Pereira, casado com Beatriz da Costa. Sucederia a filha Isabel Pereira, casada com António Barradas, filho do boticário António Barradas Esquina (c. auto de conta f. 5); suceder-lhe-ia um filho ou filha, não casando ou não tendo filhos, herdaria o pai ou mãe, ou uma irmã, caso os pais não fossem vivos; e não tendo uma irmã sucederia o irmão mais velho e descendentes.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado António Caetano de Freitas Aragão.
Outras informações do testamento (f. 5 v.º-12, fólios dilacerados; 2.º traslado f. 89-100):
Sem herdeiros forçosos.
TESTAMENTEIRO: seu compadre João da Costa, alcaide do mar.
ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em sepultura onde jazem os pais e irmãos.
LEGADOS/VESTES/ROUPAS DE CASA: 10.000 réis a Ângela Rodrigues, filha do calceteiro António Rodrigues, para ajuda de seu casamento, mais a cama «em que estou», que eram dois colchões, dois lençóis novos e um cobertor amarelo; deixa à mãe desta um cobertor branco, uma saia roxa e um saio de sarja; à comadre Bárbara Gonçalves lega uma saia branca, um saio de baeta e o seu manto.
PROPRIEDADES: vinha na Achada, acima desta cidade, foreira em mil réis às freiras de Santa Clara, a qual deixa ao dito testamenteiro; casa térrea na rua de João de Espínola, que deixa à cunhada Antónia Segurado, viúva do irmão António do Vale de Araújo.
LITERACIA: não sabe escrever.
TESTEMUNHAS: Cristóvão Mendes, mercador, morador na vila de Guimarães, estante nesta cidade, que assinou a rogo da testadora; Pedro Coelho, criado do desembargador Domingos Rodrigues; Gaspar Rodrigues, mercador estante nesta cidade; António Fernandes, mercador; Gaspar Luís, sapateiro; Manuel Castanho, filho de Diogo Castanho.
Outros documentos:
F. 51 v.º-52 – Sentença do juiz dos Resíduos, de 1691-07-07, a ordenar a penhora dos bens desta capela e sua colocação em praça para arrematação, visto o administrador, capitão Manuel Alfradique Freire, não ter cumprido com os respetivos encargos desde 1642, devendo 3840 réis de 480 missas.
F. 56 – Conta tomada à administradora D. Sebastiana Valente Quintal em 1727-05-30.
F. 64-64 v.º - Auto de sequestro dos alugueres do alto de uma casa sita na rua Direita, de que é senhorio o morgado José Joaquim de Freitas Drumond e inquilino Manuel dos Santos, oficial de prateiro. 1783-08-08.
F. 65-65 v.º - Auto de sequestro dos alugueres da loja da mesma casa, de que é inquilino o capitão Pedro de Mendonça. 1783-08-08.
F. 65 v.º-66 v.º - Autos de sequestro dos alugueres de umas casas e loja no canto da rua Direita, que em algum tempo foram mistas com a casa atrás declarada. 1783-08-08.
F. 76-79 – Tradução e original em latim de uma componenda de composição de missas concedida pela Santa Sé, em 1784-08-31, munida de régio beneplácito, a favor de José Joaquim de Freitas Drumond.
F. 104-108 – Traslado da tradução de um breve de comutação de missas concedido pela Santa Sé em 1796-09-05, munido com o régio beneplácito, a favor de José Joaquim de Freitas e Aragão.
F. 118-136 – Carta de sentença cível de redução das capelas administradas por António Caetano de Freitas Aragão a 15$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Sentença de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-02-14 (sentença f. 133 v.º-134). 1821-01-14.
F. 138 v.º-145 – Traslado da tradução de componenda de composição de missas, munida com o régio beneplácito, emitida pela Santa Sé em 1820-02-28, a favor de António Caetano de Freitas Aragão.

Araújo, Leonor de (flor.1586)

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